Saudade de você

Rio, de Janeiro, 01/01/20010.

Querido amigo por onde anda, que não o vejo. Como vai você que não me manda notícias. Faz algum tempo não nos vemos como devíamos, pois tenho estado um tanto atarefada. Querido amigo, que saudade de ir na sua casa, atrevesar os enormes portões e contemplar, a beleza de imenso jardim, moldado pelas mãos de Deus. Não há nesse mundo jardim de maior beleza que o da sua casa. Fico triste, apenas porque não podemos ter a intimidade que gostaria. Ser recebida com um cafézinho, comer biscoitos...

Nada disso é possível, pois onde tu estás, tem muita gente igual a você. Olha amigo, estou vivendo um momento muito triste da minha vida. Levei um baque da vida, após minha viagem á Búzios e São Pedro da Aldeia. Tirei fotos dos Jesuítas nas praças, diante da igreja e ainda do presépio coisa que sempre admirei, e nunca pude ter um como aquele tão grande. Olha amigo, pegamos um ônibos que custava três reais e fomos até Búzios.

Nossa mãe, que beleza de paisagem! nem respirei direito e bati as fotos. Depois, comprei roupa de banho e procurei saber como chegar na outra prais. Fui informada que pela Praia dos Ossos chegaria a de Jquitibá e se andassemos um pouco mais, Fernandes. Eu não me dei conta do quanto minha mãe estava cansada. Seguimos a trilha sem perder nenhum momento. A praia dos Ossos tem sua água fria e é repleta de embarcações. Queria tanto passear no moto táxi. Pequenino barco que nos levaria para conhecer outras ilhas por apenas quatro reais. Minha mãe reclamou tanto porque não programamos nada;almoçamos sem poder gastar um tostão e além disto a viagem perdeu sua beleza natural quando só fez reclamar. Ao sair da praia é que fui entender porque se chamava Praia dos Ossos. Por onde passamos havia uma casa idêntica a que você mora. Senti o perfume das flores sem vida e havia me fotografado perto de um anjo de gesso.

Na volta pra casa de Búzios á São Pedro tivemos um bate boca daqueles. Tivemos que voltar pro Rio de janeiro. Chegou aqui fui direto na foto stúdio próximo, de minha casa. E sabe da maior, o filme não estava na minha cãmera. Até hoje não entendi como aquilo aconteceu. Vou aguardar para que você me explique durante o sono se eu conseguir dormir. De lá para cá amigo, mamâe adoeceu gravemente, meu irmão foi morar em minha casa. brigo o dia inteiro porque quero as coisas em ordem e no lugar. Impaciente, acabei fazendo com que minha mãe o colocasse na rua.

Tudo porque, ele foi o culpado. Desde a primeira vez disse que não daria certo. È só um quarto, sala, cozinha e banheiro. Meu irmão é baderneiro e adora carregar tralha. Ofereci a ele a casa de São Pedro da Aldeia. Se não tivesse dinheiro de passagem, minha mãe não negaria. Falei de mais de duas quitinetes perto da minha casa e não me neguei dar-llhe assistência. Mesmo assim amigo... Ufa! Estou me sentindo a pior pessoa do mundo. A chuva caiu o rio transbordou e minha irmã perdeu tudo.

Outra desleixada sem respeito por ninguém. Só quer saber de encher a cara e se divertir como se o mundo fosse acabar amanhã. Tem sido bastante difícl minha vida aqui no plano terreno. Invejo você. E se quer saber, estás em melhor lugar que muita gente aqui. Breve vamos ter incid~encia de barrancos e encostas destruindo as casa, fechando passagens na estrada; e o pior de tudo ondas gigantes podem acabar com certos países. O Papa foi derrubado e isso, é mal sinal. Estamos chegando no fim dos tempos. Espero muito em breve achar uma brecha para lhe fazer uma visita. Beijos e abraços de sua querida...

Dyanne monteiro Costa.

Dyanne
Enviado por Dyanne em 01/01/2010
Código do texto: T2006144