CARTA ABERTA DE DESPEDIDA DE
MAURICIO MARTINEZ



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Este é o meu testemunho a quem possa interessar:
Há pouco mais de um mês fiz a minha estréia neste Recanto de encantos mil, recanto de sonhos e fantasias; sentimentos e emoções; amor e paixão; realidade e ficção; vida e morte; enganos e desenganos... Somente não são enganos (creio eu) amizades que angariamos e, que nos acompanharão para a eternidade. Elas serão testemunhas dos nossos atos de amor (ou desamor) nesta breve vivência no Planeta Azul.
“Será que consigo rasgar as minhas saudades?” foi o meu primeiro texto editado no Recanto, no dia 23 de novembro, e de fato, vim para rasgar saudades, enfrentar dificuldades, fazer amizades, ouvir as verdades (se preciso fosse), e no final (assim espero) deixar saudades...!
Na minha timidez infanto-juvenil, que ainda carrego, mesmo com o passar dos anos, realizei sonhos, no todo ou em parte, e apesar das decepções vividas não levo remorsos nem arrependimentos, pois amei e fui amado, chorei por amor, senti as agulhadas do ciúme corroendo o coração e a carne, enfim... Escrevi a minha passagem no meu diário da vida a cada dia... Assim “No traço que traço” fui-me escrevendo!
Por causa de um amor incompreendido quase “Abandonei o meu violão”, mas no final ele me acompanhou e me consolou por quase uma década, até que minh´alma se regozijou e se elevou em “Cantares” no Cristo que encontrei...!
Assim cheguei ao “Recanto das Letras”, já recuperado da minha “Demente Loucura”, e Deus, na Sua infinita sabedoria e misericórdia, me presenteou com um anjo protetor e formamos as “Almas Gêmeas (eu e você)”.
Agora sim...! Eu podia dormir o sono dos justos, tanto que o companheiro inseparável de todas as noites mereceu o “Soneto ao meu travesseiro”...!
Já era (passara) a “Serenata sem dó maior”, por que fora agraciado por Deus com a leveza de espírito do amor, e o meu amigo se abriu em “Confissões de um travesseiro”, pois eu não precisava mais me perguntar: “Como posso entender Deus?”, que não via o meu sofrimento...!
Mas ao entrar na alma deste amado e querido (e encantado) Recanto descobri uma verdade que nunca deslindara: “Nem todos os poetas são escritores”...! Será que “Eu, somente eu” havia enxergado isso? Não, outros também enxergaram, mas não disseram! Isto aplico a mim...!
A minha alma de “Poeta: criança ou adulto?” que navegara por anos no “Barco da solidão”, e por amor conhecera o “Céu e inferno”, finalmente transpusera o cabo da boa esperança e encontrara o afago da “Mão que me ama”, e essa mão abriu as “Janelas” para que os “Pensamentos” de “Efêmera felicidade” fossem afastados e eu pudesse novamente voltar a acreditar no amor...!
Em umas das estórias que escrevi (e não pretendo transformar em livro) “Não fui eu” quem contou aos filhos a estorinha infantil “A estrelinha sem luz (um conto de Natal)”.
Queiramos ou não, todos nós trazemos lembranças que permanecerão por toda vida, por que muitas vezes ultrapassamos as “Fronteiras de uma saudade” e chegamos a pedir a Deus que nos leve deste mundo, por não suportarmos a dor, suplicando-Lhe num “Apelo Final (Não chorem por mim)”.
Mas numa radiosa manhã quando vejo “Um passarinho na minha janela”, num augúrio de felicidade, eu tenho que pedir à minha amada: “Eu só quero um cafuné” e que a vida termine em barranco prá eu morrer encostado...!
É uma pena que a vida seja breve e muitas lágrimas temos que derramar como se fosse uma “Chuva nos olhos” por queridos e inesquecíveis “Amigos que se foram, amigos que irão, amigos que virão”. Não sei se isso é “Justiça ou injustiça?”...!?
Muitas vezes me perguntei: “Como viver a vida?”; se acreditava num “Anjo ou demônio”! Até a querida Gely mostrou-me um “Acróstico: JESUS”...! Ele é o AMOR transformado em pessoa real e de carne! E eu que, no meu sofrer, indagava se o “Amor: sentimento ideal, idealizado ou idealista?“ realmente existia...?!
Bom, até aqui aproveitei os títulos dos meus primeiros textos editados...!
Então, para poetizar (ou melhor, aprender a poetizar) resolvi idealizar um sentimento, no sentido poético do termo, para que deixasse emanar do mais íntimo do meu ego, das entranhas do meu ser, o melhor e o pior de mim como diz um menino-homem, e para isso observei os vôos das fadas versejantes e a luta de duendes inquietos dardejando a bico de pena, como hunos guerreiros, que davam vidas às letras, transformando-as em silhuetas andejas matizando os corações de amor...!
Dessas fadas, que se apresentaram e desceram dos seus etéreos halos de luz, para visitar tão desprovido poeta, em seu tugúrio de pretenso lirismo, muitas revelaram seus nomes como Thalya, Gely, Geneci, Luciene, Mirian, Rutinha, Marli, Taciana, Danny, Anne, Cássia, Elayne, Juliana, Carmen, Marina, Lanna, Anna, Maria, Jô, Antonia, Cíntia, Jeane, Vera, Suely, Elisha, Liana, Estela, Rosana, Ester, Silvia, Béti, Conceição, e assim por diante, enquanto outras apenas mostraram pseudônimos pelos quais queriam ser lembradas com Doce Val, Parabolika, Coração de Oceano, Sweet Life, Sonho Azul, Teca, Xirua, Ninfeia, Gaivota e tantas outras das quais não anotei os nomes, mas que fazem parte intrínseca do meu coração... E virtualmente estarão em minhas orações intercessórias, assim como os duendes!
Dentre os seus encantos procurei as suas odes aos amores imortais até achar e nomear como mestra e musa uma dessas fadas...!
Algumas se aproximaram e deixaram entrever pequenas facetas de suas vidas, através de perfis e nos textos tão bem elaborados.
Apenas para citar algumas (com a devida vênia das demais), refiro-me a:
Thalya, gaúcha alegre e bem humorada, pareceu-me ser daquelas que tem muito amor para dar e ser capaz de passar a vida fazendo o bem, sem olhar para quem, e até se esquecer que é uma pessoa que também precisa receber ajuda e amor. Deixou entrever numa poesia que pode até chegar a não perdoar ou esquecer o mal que lhe fizeram, mas na verdade isso é uma autodefesa.
Gely, pareceu-me estar sempre pronta a se aventurar, cheia de energia, dando a impressão de possuir uma personalidade ativa e decidida. A vida para ela parece que é um eterno desafio. Deu-me a impressão de ser uma líder por natureza e deve atrair com facilidade as pessoas ao seu redor com seu entusiasmo.
Geneci, do agreste sertão, me ensinou com suas poesias a ler as entrelinhas daquilo que o poeta deixou de dizer às abertas, e etecetera e tal. Mas, “vamos e venhamos”: passou-me a impressão de ser uma pessoa muito séria, honesta em tudo que faz, perfeita e equilibrada até demais, e creio que até se aborrece quando as coisas não saem como planejado. Às vezes pareceu-me ser um pouco impaciente, mas de uma reserva e perspicácia fora do comum. Mulher de fibra sertaneja, inteligente como soem ser as nordestinas puras de espírito, que têm paixão por atividades intelectuais, mas valorizam a espiritualidade. E o que descobri dessa amiga especial: por ser muito séria, não aceita intimidades ou brincadeiras inoportunas, sendo difícil obter a sua confiança, mas quando a obtemos, se entrega a essa confiança recíproca.

Por isso nesta despedida quero dizer que amei a todas, virtual e poeticamente, e continuarei a amar na eternidade, por que amigos são assim: são para sempre!
Claro que algumas me ensinaram a olhar a lua de uma maneira toda especial. E me apeguei tanto a ela, nestes últimos dias que vislumbrei até "o vulto da mulher amada na barriga da lua escrevendo poesia"... "Só não sei se para mim escrevia ou para outro a quem nunca esquecia"...!i!
Para a minha segunda musa foram compostos dez textos arrancados de dentro de mim, como se fosse arrancado com fórceps, a ferro e fogo... “Do útero da minha alma”!
Fiz os sentimentos e emoções aflorarem como a água brotando da Fonte do Universo de onde bebia a estrelinha sem luz, e que se transformou num astro de tanta grandeza que o próprio Deus o citou no Seu livro.
Aprendi a ver o amor de ângulos diferentes, como se realmente o sofrimento fosse real, apesar de virtual, amando e não sendo compreendido, e descobrindo finalmente que a própria lua me traía, contando a ela, (minha musa) os meus segredos...!
Vi a lua em seu quarto minguando, minguando o amor; vi a lua quando estava cheia, cheinha de amor para dar e vi a lua crescente, vestida de prata, saindo do quarto escuro... Da lua nova!
Percorri todas as métricas sem saber “bulufas”, fiz soneto, poetrix, coisas que nunca aprendi e que de repente... Vi-me a escrever!
Ainda bem que as minhas fadas versejantes, doces amáveis amantes da poesia, me incentivavam (“e quem não gosta de elogio?” Já dizia uma das fadas). Mas foram boas demais, reconheço!
Nesse pequeno espaço de tempo pude enxergar um universo paralelo, um elo, não perdido, mas encontrado para unir os espíritos em emoções e sentimentos. Sei que muitos gostariam de fazer parte desse mundo imaginário onde o sonho é real e a fantasia chega à beira da loucura, e eu fiz parte dele... Isso é impagável!
Obrigado, Recanto, por proporcionar momentos de intenso labor, mas de imenso prazer e alegria em conviver com duendes e fadas maravilhosas, gentis e alegres. A estes agradeço por suportar-me na minha loucura de amante da boa poesia e das letras vivas que impregnam o Éden como um jardim mítico da luz!
Despeço-me afinal de todo(a)s o(a)s meu(inha)s amado(a)s Recantistas, e não me levem a mal por publicar uma carta aberta e tão extensa, que na verdade é apenas uma pequena amostra de tudo que teria a dizer, se pudesse, a cada um de vocês...!
Se algo fiz (em verso ou prosa) que desagradou a alguém me perdoem, e como eu digo sempre: “não fique magoado com ninguém... Perdoe!!" Já dizia um sábio: ”Odiar é tomar veneno e esperar que o outro morra.”
Beijos virtuais (que não deixam marcas), poéticos e epistolares a todos.
FELIZ ANO DE 2010 A TODOS, SEM EXCEÇÃO, INCLUSIVE AOS NOSSOS AMIGOS MENTORES E ADMINISTRADORES DESTE RECANTO DAS LETRAS E DOS AMORES INCONFESSADOS...!

P.S. – Esta é a despedida de Mauricio Martinez, o “penúltimo dos românticos” e que a partir de agora estará em um cantinho que se autodemonimou: “Angel Gabriel anunciando Jesus”, para recebê-los com alegria, paz e bem... e muito AMOR!





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