À Renata, minha amada
Boa noite, minha fada
São 20h e 03min. Meu trabalho é meu ponto final, afinal, às 20h e 40min, estarei à mercê da estrada que me levará ao início, nosso lar.
É redundância, mas estou com saudade. Descobri, há dez minutos, que te amava mais que há vinte e essa foi a razão que me inspirou.
Queria compor uma poesia substantiva concreta. Consegui ou não, só saberei no final, quando o simbolismo dos versos que me avassalam, estiverem no derradeiro momento de se findarem.
Pretendia escrever coisas simples: “Bom dia!; Obrigado...; Eu te amo!... Boa tarde!; Obrigado...; Eu te amo!... Boa noite...”
Preferia tê-la toda agora e dissipar-lhe a volúpia.
Queria beijar e abraçar e acariciar e falar e amar e calar...
Queria agora, no século do dia que passo sem você, poder senti-la amada, amiga, amante, amável, ardor...
Entretanto, o que deixarei perpetuar são essas absolutas, singelas e pleonásticas palavras:
“Obrigado pelo dia, tarde e noite!
Obrigado pela amiga, amante e amável!
Obrigado pelo carinho, afago e ardor!
Obrigado, minha fada,
Obrigado pelo seu amor!”
Eternamente
Nel