Oi, Pai!

Oi, pai! Tudo bem?
Quanto tempo! Estou com saudade, sabia?
É, amigo. Já se vão alguns anos
E, neste interim, só uma vez nos vimos.
Como é que pode? Como é que pode, né, pai?
Como é que pode isto passar?
A saudade aumenta, o coração arrebenta
O peito quer espocar.
Sabe, pai. A vida, às vezes, é filha de...
Bem, deixa pra lá...
Quanto tempo perto de ti eu morei
E, nesse tempo, por discórdia ou besteira
Eu sei, longe um do outro escolhíamos ficar.
Hoje, eu daria tudo que tenho ou terei
Para que o tempo que passamos juntos
Pudesse dobrar.
Sentar contigo, conversar
Contar minhas histórias,
Ouvir as tuas contar,
Jogar mais buracos, fazer mais churrascos
Caminhar, andar, irmos à rua juntos
Conversar... é, conversar.
Tenho muito, sabe pai, pra dizer
E só por telefone não dá.
Dizer da minha vida,
Desta vida aqui corrida, dos meus sonhos
E também das minhas realizações
E isto, no papel também não dá
Mas, para resumir,
Quero dizer isto a ti:
"Pai, eu te amo! É, pai, te amo!
Estou com saudades.
Sim, com muitas saudades de ti.
A bênção, pai!"

...
Nasser Queiroga
Enviado por Nasser Queiroga em 13/12/2009
Reeditado em 03/06/2020
Código do texto: T1975167
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