04 de Dezembro de 2009, 12:05

Amada!
Estou a te escrever para falar um pouco sobre tudo, esta será minha ultima carta a você.
Hoje após refletir sobre todos os fatos que vivi ao teu lado, vejo o quanto eu era feliz no tempo em que ouvia sussurros em meu ouvindo dizendo “papai eu amo”, não dei valor a achei melhor viver para o amor que guardava em meu peito, na época. Invejo a sorte de muitos a minha volta.
Quero que entenda que não te culpo de nada, eu apenas estou pagando por ter esnobado aquilo que hoje sei posso chamar de único amor eterno, o amor por minha filha. Você caregara em seu abdômen eternamente a cicatriz que te fará lembrar que um dia alguém esteve ao seu lado e que este alguém quis muito algo que você repudiou.
Estou neste momento te liberando daquilo que nunca aceitaste de verdade. Algo que eu sei forcei, admito isso, forcei você a estar ao meu lado por amar-te demais e esqueci, ou ainda nem percebi que na verdade só estava pagando por aquilo que eu mesmo um dia rejeitei. Recebi de você na mesma moeda a dor que causei a minha filha.
Você não me ama nem tem os mesmo anseios de vida que eu tenho. Não passarei o restante de minha vida amancebado, ou no bom português ajuntado com alguém que, sei, não quer real compromisso e que teme tudo o que se relaciona com o amor.
Estou te liberando de tudo o que sempre odiaste “compromisso” partilhamento de vidas e satisfações, coisas que você nunca quis dar. Carrego apenas a saudade em meu peito e deixo muito claro que não me tornarei mais um de seus ex-amantes que de vez em quando passa ae pra ver como você esta e “matar a saudade”. Sua vida já não me pertence mais, ou mesmo nunca pertenceu, este é nosso final.
Não estou nem quero ninguém agora, em meu peito só existe dor e ouvir de você que tenho outra é só mais uma destas dores, mas no fundo sei que é apenas influencia de terceiros por isso te perdôo por pensar tal coisa de minha pessoa.
Um dia você vera que na verdade eu fui o único que de forma alguma nunca te traiu, nem mesmo um pensamento concreto, nada alem de fieldade, fui fiel cada instante em que estive com você, mesmo quando estive longe e ainda agora sou. Não há coisa mais repugnante para mim que a falta de amor próprio e trair é desrespeitar antes de tudo a si mesmo, é tornar-se imundo por dentro.
Não ligue mais, pois não atenderei seu telefonema, nem mesmo responda a esta carta, jogue fora se quiser, eu por capricho a guardarei como tudo de importante que escrevo, e tudo que escrevi a você teve fundamental importância, pois te amo. Apenas não quero mais viver esta vida de aparências em que só um ama e o outro acha que o que ama deve submeter-se e aceitar a tudo.
Seja feliz, adeus...

Grasel
Enviado por Grasel em 12/12/2009
Reeditado em 28/12/2009
Código do texto: T1974694
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