Idiossincrasia

De meu diário em: 10/03/2005

Ainda vi os olhos do parasita antes de cair de novo. Eram vivos os malditos...

Não preciso de comparações se meus cadeados estão presos, já sei o que é estado, mas as minhas dúvidas ninguém tira. Tudo bem, eram três, agora são duas meninas. Não preciso chorar se o Papa já não é mas meu amigo. São anos de cristianismo e amigos costumam voltar.

Eu escolheria brigar se tivesse punhos fortes. Gostaria muito de matar, de tomar sangue e morder como uma animal. Mas sei que isso é pior que masturbação. Não há espaço em minhas mãos.

Cada um é um mundo em si, então já perdeu-se um universo, certo? Você vê, eu vejo. Então vejamos, quantos passos foram dados? Queria conferir quantos anos levaria para entrar em um sonho. Agora eu sei o que são representações internas. Os sonhos fazem você acreditar que são reais, seriam um conforto hoje.

Encontrem alguém que elogie essa loucura e minha caneta estará satisfeita. Encontrem alguém que a solucione e eu escreverei seu nome na lua.

Ela está voltando...

Decaptem as cabeças das crianças malditas, não quero ver olhos que vêem e roubam. Não esqueça, fera, de matar os velhos. corte-lhes as línguas, quero ver pernas em nó.

Entenda, há momentos de compaixão e harmonia, mas há também as chaves, as escolhas e é claro, muita gente que não se importa, gente que roubaria meus colhões se estivessem precisando.

Preciso matar o mau dentro do mau, sendo de outra forma. Considerando anormal tudo aquilo que for contrário ao bem aceito. Preciso de um desejo. Preciso acreditar em alguma coisa. Você vê?

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 08/12/2009
Reeditado em 03/05/2010
Código do texto: T1966891
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