Onde está você?
Hoje me surpreendi com uma carta sua. Quando vi o subscrito confesso que senti o mesmo torpor que sentia antes quando recebia suas correspondências.
Meus dedos vacilaram diante de seu nome, e meu corpo me empurrou para dentro do texto.
Poucas palavras havia nela. Um sorriso espalhado pelo papel, como sempre houve. E uma frase, apenas uma. “Onde você está?”
Me deu uma louca vontade de escrever “Estou aqui onde sempre estive. De onde nunca saí com medo de que você não me encontrasse mais”. E tive vontade de dizer outras tantas coisas que estavam por dizer esses anos todos que nos ausentamos de nós. Dizer da importância de sua existência, e dizer que quase enlouqueci enquanto esperava esta sua correspondência.
Mas não podia te inundar de sentimentos e acontecimentos num retorno tão breve.
Então respondi apenas: “estou te amando como sempre te amei, mas agora com saudade”, e anotei meu telefone.
Foi há 3 horas, e já estou ansiosa pela resposta...