fragilidades

certos homens tem o poder de me fazer chorar. Quanta fragilidade essa minha... retratos desse silêncio amargo. eu e as lágrimas, velhas companhias... velhos hábitos... por ontem e por hoje? por amanhã quem será? por mim ou por esse gosto do que se perdeu e eu nem mesmo queria. fragilidades, pequenas e doces vinganças. meu coração tem pontas estranhas. que apertam, me acertam e me pintam desse sorrizo mau no rosto. e nem boa menina nem nada. sem modos de boa moça também. entre tantos, espelhos. entre tanta, espera. a chuva, a garrafa, vazia, o vazio. entre mundos, muros, alívios. o que virá, o que ficará guardado? superfícies que me faço água. pele, relógios, paredes. horas. retratos. intermitências, reentrâncias, refúgios. me desconcertas ainda, além de me fazer chorar. e eu que tenho me fechado tanto pro teu sorriso... por medo ou que será essa noite escura em meus olhos. me quebras de um jeito ameno, me partes em mil com um olhar doce. fragilidades minhas. chove. lá fora ou aqui dentro...

Dani Santos
Enviado por Dani Santos em 20/11/2009
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