CONSELHOS PARA AS MULHERES XIII

Boa noite rainha, como vai?

A noite está quente aqui em Sampa.

Como não fazia calor há muito tempo.

Você gosta de calor?

Ou gosta de dias mais frescos, com garoa e neblina?

Tempo ruim nem pensar, não é?

Acho interessantíssima essa mania de atribuir valor ao tempo.

Se fizer sol o tempo está bom, se chover, fizer neblina, garoa, frio, o tempo está ruim.

Pelo menos, a maioria das pessoas que conheço valoram o tempo desta forma.

Já perguntou sobre o juízo de valor que o agricultor faz sobre a chuva?

E para alguém que tem pressão arterial alta sobre o que ela pensa sobre o calor?

Meu maior reparo nisso tudo, é que independentemente da temperatura, há sempre reclamações.

Aquela famosa insatisfação da qual já te falei.

Sempre falta algo, sempre faltará.

E o tempo sempre será assunto, pelo menos para as pessoas que possuem pouco assunto.

E por falar sobre o tempo, como este fenômeno está aí na sua casa.

Não falo da temperatura, ou das condições climáticas naturais, mas das constantes brigas que você tem com seu marido.

Está quente?

Frio?

Morno?

Querida, você, se quiser, pode evitar a maioria das brigas inúteis que vocês travam todos os dias.

Não preciso te falar que faz parte de um espírito pequeno brigar por coisas sem importância.

Que coisas são essas?

A toalha molhada em cima da cama, o tubo de pasta de dente apertado no meio, as meias fora do lugar, cuecas em cima do guarda-roupa, a tampa do vaso sanitário, os respingos de urina pelo banheiro...

Esqueci de alguma coisa?

Querida, todas essas coisas que você acha que são imperdoáveis, para nós, do sexo forte, são banalidades.

Não é que não damos importância para isso tudo, mas de maneira geral, nossa cabeça está ocupada com coisas mais importantes.

Negócios, estudos, trabalho, finanças e, no meu caso, altas indagações filosóficas e conselhos para as mulheres, enfim, não temos tempo para pensar se a toalha molhada ficou em cima da cama ou se respingou umas gotinhas insignificantes de urina no banheiro.

Tudo bem.

Você detesta esse nosso comportamento, tem todo o direito de detestar.

Contudo, o relacionamento perde bastante em qualidade quando o casal começa a brigar por essas miudezas.

Pense bem.

O seu parceiro vale a pena?

Vale a pena ficar com ele?

Então não destrua o que construiu por causa dessas bobagens.

Tente dialogar com o seu amado.

Faça para ele, se este souber ler, uma lista daquilo que você gostaria que ele deixasse de fazer ou que ele fizesse.

Se ele não souber ler, grave as instruções e coloque num MP3 para ele ouvir e tentar internalizar suas instruções enquanto vai para o trabalho.

Se nos dois casos não der certo, e ele também não conseguir utilizar o MP3, por este possuir muitos botões, você pode desenhar aquilo que espera dele e espalhar as respectivas ações esperadas em lugares estratégicos pela casa:

Por exemplo, a figura de um homem com boa pontaria em frente ao vaso sanitário no banheiro. No quarto, uma pessoa estendendo a toalha no varal. Você pode colocar também, na sala, o desenho de uma pessoa recolhendo as roupas espalhadas pela casa...

Geralmente eles conseguem entender os desenhos.

Pelo menos a desculpa do esquecimento ele não vai ter mais.

Se depois de tudo isso, a coisa ainda não funcionar e você continuar implicando com essas pequenezas, o jeito é despachar o cidadão.

Contudo, a chance de que o próximo seja idêntico ao seu ex é enorme, quase 100%.

O melhor mesmo é enviar sua história para mim e eu aconselharei esse brucutu que você tem aí ao seu lado.

Duvido que não melhore a relação.

Não deixe de me escrever.

Beijo!!!

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 04/11/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1903771
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