CONSELHOS PARA AS MULHERES XII

Como vai você?

Eu preciso saber da sua vida.

Eu preciso saber se esta sua cabecinha finalmente conseguiu colocar alguma fagulha de juízo em prática.

Falo muito de juízo, não?

Mas eu mesmo agora irei me contradizer.

O juízo, a razão, é apenas uma potencialidade no ser humano.

É isso mesmo, guria, você é predominantemente um ser que se move por condicionamento.

Grande parte de sua psique é regida pelo inconsciente e a sua tendência para irracionalidade é grande.

Ficou brava?

Não, não fique brava comigo.

Eu apenas estou reproduzindo o que já falaram há muito tempo.

Vá brigar com Freud, Schopenhauer, Nietzsche...

Esses alemães que não tinham o que fazer e ficavam escrevendo essas coisas que nos deixam loucos.

Mas, aqui entre nós, não é que eles estavam certos?

Aquela sua amiga íntima, que você pensa que guarda seus segredos, contou-me uma coisa sobre você.

O quê?

Curiosa.

Ela me contou que quando você sai às ruas e nenhum homem “mexe” contigo, você fica mal-humorada, triste e aos prantos.

E disse que você aceita as gracinhas de qualquer um.

Até as do “Paraíba” da obra.

E se nem o Paraíba te der bola, pode ser até as da Maria Grandalhona. (aquela menina que adora meninas) (nada contra).

O que é isso, mulher?

Carente de olhares?

De admiração?

Pois saiba que esse sentimento é genuinamente humano.

Não há nada que seja mais humano.

A sede por aprovação, por admiração, é uma das coisas mais básicas do ser humano.

Portanto, não se preocupe.

Pelo menos nesse aspecto, você é normal.

Você só não pode deixar que isso vire uma patologia, ao ponto de ficar triste quando alguém não olha para você e não fica cativo dos teus encantos.

Diria algum filósofo, de maneira muito profunda, que aquele que espera pelo olhar de aprovação do outro corre muito risco de sofrer.

Isso porque não é possível controlar como o outro vai se comportar.

Mas, isso é uma coisa muito profunda, para poucos, pouquíssimos.

Você que é de carne e osso e não nasceu no Oriente, quer mesmo é ser admirada.

E você sabe bem como fazer, não?

Aquele tubinho preto básico, cabelos compridos, sedosos e soltos ao vento, um enorme sorriso nos lábios e...

Você acordará o “Paraíba”, o “Ceará”, o “Bahia”, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Amém!

Dúvidas no amor e na vida conjugal?

Seu casamento não é mais o mesmo?

Seu marido precisa aprender a ser gente?

Escreva-me.

Beijo.

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 03/11/2009
Reeditado em 03/11/2009
Código do texto: T1903266
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