Carta a um colega
Meu caro colega, Bruno Leite, a partir do momento que nós decidimos fazer licenciatura nos tornamos pessoas diferenciadas. Pois estávamos assumindo o compromisso de educar o homem.
Batalhamos muito, somos testemunhas das dificuldades que é - pelo menos para nós - concluir um curso desta estirpe. Contudo, chegamos lá. A graduação foi a martelada para sermos chamados, com méritos, de professores. Ser professor é de uma responsabilidade, quase incarregável, é doar-se para que possamos guiar nossos alunos em busca do conhecimento. Não podemos desaminar com os que estão desanimados. Ser professor é dar exemplos, é ser referência, é ser ético.
A grande professora Silvia Soares Brandão, de quem posso dizer que a amo, profetizou; “um professor está 'condenado' a andar na linha para sempre”.
Diante desta razão inconteste, gostaria que o nobre colega se contivesse ao escrever, conversar e, principalmente, ter cuidado com o que fala de mim diante daqueles que pratica a mesma profissão que a minha, ou melhor, que a nossa. Às vezes, até por brincadeira denegrimos a imagem de uma pessoa. Eu sei que não é por mal, mas, meu estimado, lembre-se, abraçamos o ofício de professor. Somos pessoas privilegiadas e, ao mesmo tempo, "espelhos". Por isso, devemos proteger nossa imagem. A partir deste momento tenho certeza que vamos nos entender melhor, agora como verdadeiros professores.
Att., Vilmar.