Águas de Outubro e o Rato - Nem São Fábulas
Como estariam as águas de outubro por aí...
Gostaria de saber, mas apenas um pouco...
Bem sei que não deve estar muito agradável
Pelo estado de humor, sei que sobraria para mim
Mas não sou Noé e não tenho nenhuma arca
Então o jeito é ir secando a enxurrada mesmo!
Estou encurralada por um rato, um rato que parece um gato
A coisa apareceu no quintal, no segundo andar da carruagem
Não existe uma maneira eficiente de fazê-lo sumir
Teria que arranjar artilharia pesada para me livrar dele
Não tenho amizade assim ó, com os homens
Também arrebentar a parede não me parece uma saída
Estou cansada da escuridão do meu aposento
Das portas e janelas trancadas todos os dias
Mas também não vou correr o risco daquilo entrar em casa
Será que um assassinato a uma ratazana é crime?
Não sei, tem a proteção a praga já?
Você aí morrendo alagada e eu aqui, com direito a raiva
Sei não, mas acho que o rato foi implantado aqui
Não tem por onde um bicho daqueles aparecer!
Só se veio pelos céus, voando, num luar de queijo
Olha só? Os céus me mandam ratazanas e não amores
Seu teto manda água ao invés de protegê-la
E ainda mandam uma sindicância direta do inferno a sua porta!
Devíamos tentar afogar meu rato na sua inundação
Mas, mais de mil quilômetros?
Como faríamos? Você traz a água?
Porque eu não levo o rato nem a paulada!
Bem, se você ainda não se afogou, mande um glu glu para mim
Ainda não estou raivosa, só o terror que insiste no rabo do monstro