Cartas ao Leitor XIII (T464)
Não sei se meu amigo leitor já se sentiu como hoje eu me sinto, não pense que quero te desencorajar, pelo contrário aqui é só meu ponto de vista baseado talvez em minha própria experiência, e cada um tem a sua, que pode ter dias felizes ou então dias que com o tempo vão ficando mais obscuros e traçando um futuro não muito promissor.
Onde quero chegar é simples, o que está acontecendo com o casamento, e eu particularmente acredito nele ou acreditava, porque algo que foi criado no amor não pode acabar assim tão de repente, desculpe se você, leitor, for casado e tiver outra opinião, e tão se não for casado, não é minha intenção te desanimar quanto ao casamento, e se tiver para casar também não quero que você desfaça tudo, eu só te dou um conselho, nunca deixe que ele vire uma rotina, isso vale para o casal.
Pois é, a rotina é o que estraga, mas se não vira para um, vira para o outro, e onde o amor fica, não fica ele amorna, e as coisas vão tomando rumos perigosos, e em relação a isso acabo crendo que o casamento não é criação divina, é criação do homem, e é fácil de explicar, toda criação divina por si só é eterna, o amor é eterno ele não precisa de papel para existir ele existe nesta concepção divina que para o homem entender é difícil, pode até ser, caro leitor, um tanto complicado, mas o que quero dizer que se casamos por amor ele seria eterno, então o que me leva a crer que o amor no casmento muitas vezes não existe, senão o casamento seria um elo que não se partiria com tanta facilidade.
Os laços familiares estes sim são eternos, a partir do momento que nasce um filho criasse um elo que com certeza vai perdurar, mas não garante o casamento, ele continua sendo algo finito aos olhos do ser humano.
Alexandre Brussolo (20/10/2009)