Carta ao Leitor XI (T444)
É caro leitor, estou aqui a icomodar-lhe novamente nesta não tão esperada aparição, me desculpe mais uma vez pela intromissão, mas não é meu hábito me intrometer em sua vida, mas às vezes aparecem assuntos para mim do nada e de repente me vejo a incomodar a única pessoa que pode de uma forma inesperada dar atenção ao que escrevo.
Você, amigo leitor, já sofreste de amor? Acho que nem devia fazer-lhe esta pergunta, ela é óbvia demais não acha, lógico que já sofreu, posso sentir que derramou uma lágrima logo que leu minha pergunta, mas não fique triste, pois me incluo nesta estatística também, e estou tentando me confortar com tua tristeza, meu leitor amigo, principalmente porque ainda estou sofrendo e não consigo encontrar saída, eu sei que você não é psocólogo ou psiquiatra, mas não é minha intenção achar que você é, pois só escrevo para desatar um pouco este nó na garganta que me sufoca, e você me lê e se acha chato ou vazio o que escrevo simplesmente jogará esta folha fora e ficará com muita raiva por ter perdido seu tempo ao me ler.
Mas é que eu estou super apaixonado e é difícil você aceitar isso, talvez pela condição de fragilidade, principalmente se você quer a mesma reciprocidade, e simplesmente não a encontra na pessoa amada, bem há coisas que é melhor não mexer não é, seria como querer encontrar algo para depois se martirizar, pois quem procura acha, e o problema maior é este achar, então, caro leitor, é melhor deixarmos as coisas como estão e tentarmos fazer a nossa parte, procurar pelos meios de uma nova conquista, encararmos como um desafio para nossa vida.
Alexandre Brussolo (09/10/2009)