Carta de um Abortado
Aqui jaz, entre vísceras sangrando,
Um renegado fruto é desalmado
Nas entrelinhas da carta de um abortado,
que rascunha um arremego fruto humano.
Até quando, serão feitos holocaustos
Por mentes insanas, ao Demônio?
Num gesto abrupto e anônimo
O pecado na mente vive claustro.
Morre incidente, assim como Jesus;
Não por Divina vontade,
Mas por livre arbítrio da cruel desumanidade,
Remido com em morte em cruz.