Controlando minha maluquez, misturada com minha lucidez
Há pessoas que optam por um juízo extremado no proceder e há outras que incorrem na maluquez de forma irrestrita. Eu de minha parte opto por uma mistura desses dois elementos essenciais da constituição psicológica humana. Tudo isso numa mente em que predomina o juízo, mas em que há nela um espaço recôndito para praticar um pouco de insanidade.
Não vou fustigar meu espírito e meu corpo impondo a mim mesmo coisas que sei que não posso realizar sem enorme prejuízo próprio. Nem vou agir como um louco, na faina de tudo querer aproveitar. Contudo, os desejos são inerentes à condição humana. A mente sofre, o corpo sofre em demasia quando os desejos são negligenciados, você bem sabe do que estou falando. Toda a nossa vida é posta em cheque quando uma parte do ser indivisível que somos vai mal, insatisfeito.
Portanto, é de bom tom darmos vazão a algumas de nossas loucuras, é bom não deixar que nosso super ego reprima todas as nossas pretensas doidices. Qual o ganho em ser extremamente ajuizado e não contraditório? Vale a pena esse castigo auto-imposto? Qual a razão desse desdém a nossos anseios mais naturais?
Vamos acrescentar um pouco de maluquez à vida; pois essa passa muito rapidamente, as oportunidades também passam na velocidade da luz, e se não as aproveitarmos outros serão afortunados em desfrutá-las.
“Suas bem humanas insaciabilidades terão lábios, manjares e bebidas, venha até mim!”