Carta de um Desesperado
Ja nem lhes conto, por que de novo não tem nada!
Ja nem sabe pra onde vai e o que busca... pois ja foi preso... e hoje sabe o quanto vale a liberdade! Mas que liberdade? Continua preso...
Ja não tem mais nada pelo que viver.
A cada manhã que amanhece, pergunta-se porque o dia clareou...
Ja não suporta mais ver o sol... não aguenta mais comer sozinho, guiar sozinho, viver sozinho, trabalhar sozinho...
Sente-se tão so que é quase alem do que pode suportar...
Não consegue perder o medo da solidão...
Ate em suicidio ja pensou, mas teve medo que seus familiares não tivessem dinheiro para seu funeral...
So tinha um pensamento: porque todos vivem docemente feliz, e pacientemente seus dias, amorosamente com seus familiares o dia inteiro ate o por do sol...
Um vento gélido varreu seu caminho, apagou o seu passado, nada mais resta...
O que lhe resta é sonhar...sonhar com um mágico roseiral florido!
Um roseiral alem do horizonte...um lugar pra se apreciar as rosas que florescem bem de baixo de sua janela...
Ai começa novamente a procissão da sua vida... como se sente tolo...tragicamente tolo... pensando no passado, se preocupando com o futuro...
O desespero é tanto, que não ha mais saida, a não ser bloquear o passado e o amanhã, e viver hoje!
E uma nova vida que começa... sem pressa... a cada dia que amanhece!