Aos meus leitores
Aos meus leitores,
Sento-me defronte do computador e minha mente e corpo estão exaustos. Uma dor de cabeça forte me atordoa e as idéias, antes tão claras e fluentes desaparecem e se esvaem como fumaça. Eu quero escrever, pois falar convosco me faz tão bem. Mas não consigo é mais forte do que eu. Uma falência de sentidos me prende ao nada e já não sou eu. Aqui, é apenas inexistência de um poeta. Preciso reencontrar o fio que dá continuidade ao novelo de minha vida, pois o vejo totalmente perdido em um emaranhado sem fim.
As vozes do acaso já não soam em meus ouvidos, já não me contam os casos a serem lidos.
As mãos se enferrujam sobre o teclado inerte, que por elas anseia para ter vida.
Os olhos olham para tela vazia e desejam ter os textos surgindo como uma mágica linda de ser observada.
Os sentidos são rijos e tensos pois se encontram estáticas juntas e medula, músculos e óssos.
Uma lágrima de saudade corre-me livre ao rosto, como lágrima de adeus.
Mas lhe peço não me deixe, busque-me hei de ressurgir das cinzas como a fênix.
Aguardem-me para que eu possa sobreviva...