Às mulheres de boa vontade

O sentimento é estranho, é inexplicável. Fica difícil compreender. A relação que o homem pode admitir, não deve ser algo que o prenda, ou que o faça cansar. Ele gosta do equilíbrio, gosta de sentir o afeto sem ser por ele dominado. Prefere ter o controle, mesmo sabendo que nada significa.

O homem não é tão superficial quanto parece. Nem sempre a atração é só visual. Muitas vezes, é o conjunto que o agrada. O cheiro, a voz, o comportamento, um jeito de olhar ou andar, e até mesmo um sorriso; tudo isso pode valer mais do que propriamente a beleza.

Não existe exigência e nem padrão; isso está na cabeça de quem se adapta. O homem real, feito de ossos, não costuma se importar com detalhes infames. É mais racional, objetivo, e mais maduro do que aparenta. Não há tanta necessidade de competição e avaliação, pois ele sabe o que procura quando encontra.

O homem pode amar tanto quanto a mulher - se é que se pode medir o amor -, mas a forma é diferente. Não precisa de amor declarado, e também não precisa declarar o seu amor, pois ele sente que ama e que é amado. Falar de amor não é preciso, é perda de tempo, porque quando o homem ama ele é ciente disso. E mesmo amando, sempre haverá espaço para variações, pois que tudo na vida é função e o homem encara como uma ocupação. Não deve, mas faz tudo como quem tem que fazer, apesar de gostar do que faz...