AO GRANDE ROMANCISTA GILSON CHAGAS

Amigo Gilson.

Li o artigo do Hardi Filho em que evoca as

palavras de nosso professor e amigo Nery

Marciano, quando apresentava “Curvas do Meu

Caminho”: “a obra nada mais é do que haverá de

ser, no futuro, a criação do talentoso filho da

pequenina Santo Antônio de Lisboa. Gilson Chagas,

dá com a presente publicação o seu primeiro voo

literário, um voo muito promissor.”

Dito isso nos anos setenta por um professor de

Literatura e de Língua Portuguesa, decerto, torna-se

agora uma profecia realizada em "Música para

Pensar".

Certa feita, Chico Miguel disse, praticamente,

a mesma coisa num artigo postado na Usina de

Letras: Gilson enveredou-se na Pedagogia,

dando aulas em faculdades, e com isso, a

literatura só tem a perder.

Discordo apenas em parte, com o Chico, porque

você respira e transpira Literatura em qualquer

coisa que faz.

Também faço minhas as palavras do Hardi:

MÚSICA PARA PENSAR é um dos melhores

romances da atualidade brasileira.

Realmente, sua Música tocou fundo...

vai além do lúdico, do humorístico e de tudo aquilo que causa deleite

à alma. É um clássico que traz como pano de fundo a função

formativa. E, por isso mesmo, um livro que deve ser lido e estudado.

Com certeza, figura em meus planos escrever mais do que uma carta

sobre MPP - ainda não sei quando...

Abraços

Adalberto Lima

P.S.

Obrigado, mestre Adalberto,

Que grande diagnóstico você faz do livro! Suas palavras embutem um testemunho muito expressivo sobre os planos extrínseco e intrínseco da obra. Falta só ir aos detalhes.E por que não fazê-lo? [...] Descontada a generosidade dos amigos (como você e Hardi) e dos parentes que se têm manifestado sobre o livro com esse entusiasmo, eu sinto que preciso fazer um grande esforço -(ainda não sei como) para fazer com que o romance chegue ao conhecimento do grande público. Peço-lhe ajuda (idéias, indicações etc) para levar esse plano a efeito. Tenho o sonho de levar mais longe o nome de nossa querida literatura nordestina e piauiense em particular. Por falar em literatura, o nosso amigo Chico Miguel, a exemplo de muitos outros, restringe a arte às obras literárias propriamente ditas. Eu, que tenho concepções utilitárias, acho que a arte de escrever pode e deve ser útil e reconhecida em todos os gêneros, inclusive na área didática.

Gilson Chagas