Temporada
Esse texto encabeça uma série de outros tantos que irei publicar, todos extraídos de meus velhos cadernos que têm me acompanhado sempre...
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Não que eu quisesse a perfeição, também sou filho da terra e do céu. Só penso em caminhos com flores se abrindo, uma contemplação completamente rara - ver teus olhos em noite clara. Depois da tempestade fica um silêncio no ar, mas em meu peito tudo se rasga. Fico muitas vezes esmiuçando tudo o que aconteceu, achando, sem pena, que os erros foram meus - e os teus cabelos estão mais claros...
Não sou dono do tempo, sou desmedido. Mas com a força que tenho faria do tempo que passou, uma lembrança que mostra como tudo não deve ser. Uma outra vida que morreu. E ressurgiremos mais puros, divinos. Econtrarás em mim teu deus, tua vênus, espírito e ectoplasma. Olhos e lentes, amor e sementes.
Me diga agora o que tu sentes...
Macapá, 24/01/08