Ela
A criança que acredita intensamente nas simplicidades e que guarda em uma caixinha de brinquedos os seus maiores segredos, medos e anseios. Quando necessário, a abre e os percebe...e então chora como nunca e depois de certo tempo fecha, tranca..temendo que a encontrem;
A menina que encontra em seus sonhos o refúgio tão desejado, distante de tudo que é possível de ter sentido real; perdendo-se e encontrando-se.
A medrosa que na maioria das vezes tornou-se conscientemente seu maior obstáculo, fazendo a escolha de não arriscar-se e dessa forma, correndo o risco de não vivenciar incontáveis momentos; e ao mesmo tempo acreditando (mesmo sem saber o porquê) que fizera a escolha certa.
A sorridente que apesar de ter crescido ainda sonha, acredita e espera incansavelmente pelo momento certo, embora não tenha tanta certeza de que ele realmente exista.
Ela que vive, canta, dança, chora, sente, levanta-se, questiona-se.
A mulher que hoje canta ainda mais por ter sido presenteada com um grande milagre: o de estar verdadeiramente apaixonada...
E por completo.