__DE UMA MÃE PARA UM FILHO_
O que direi se a dor da saudade me consome.
Se as estrelas do céu não brilham como antes.
O que farei com as lembranças se necessito
de você aqui.
Porque a vida escolheste a mim e não você
o direito de viver.
É justo viver assim separada de quem geramos
e amamos.....
Hoje fazem exatamente quatrocentos e vinte dias
de sua partida e ainda assim é como se você ain-
da estivesse aqui.
Conto os dias na ilusão que em breve estarei com
você.
Que meus braços o acolheram e afagaram seus
cabelos.
Que não havera despedidas, nem lágrimas de tris-
teza.
As vezes no meio da noite acordo com a ternue
sensação que você adentrara meu quarto.
Que a noite escura se iluminara com seus olhinhos
expressivos e o sorriso mais doce que eu testemu-
nhei.
Nestes momentos meu coração vibra em meu pei-
to o amor arrancado como se fosse possível reco-
meçar de onde paramos.
Ah!! Meu filhinho querido eu daria a vida para ou-
vir sua vozinha novamente, sentir o calor dos seus
beijinhos.
E neste momento eu o seguraria firmemente em
meus braços o protegendo de todos os mals.
Talvez assim eu pudesse lhe salvar da partida pre-
matura, desta dor lasciva e cruel.
E não teria neste momento lágrimas em meus
olhos, a sensação explícita do fracasso.
De não ter salvado quem eu mais amei em toda
a vida.
Meu anjinho em algum lugar nos reencontraremos.
E neste dia voltarei a sorrir com a certeza que
não há despedidas.
CamomillaHassan