Carta à confissão

Sou uma sortuda, caríssimos!

Antes que um vento gélido arrepiasse pela terceira década seguida cada pequeno pêlo solitário de mim, fui tomada de súbito pela chama heróica do ilustre cavalheiro alternativo vindo direto das eras mais coloridamente felizes.

Encontrou-me e sorriu;

pronto!

Desativou o encanto que persistia em colocar-me em posição defensiva.

O ritmo dele faz dançar até mesmo o morto do mar asiático.

Coitado!

De certo morreu por desconhecer alguém tão interessante... minto.

Jesus era interessantíssimo! Mas, vale lembrar que isso já faz em média, dois mil anos, né caríssimos?!

Sendo assim, nem mesmo um mar pesado de carregar tanta história, aguentaria esperar tanto tempo.

Morreu!

Se o encontrarem tenho certeza de que o reconhecerão:

anda por aí iluminado pela luz das estrelas e com um sorriso salvador, sempre!

Não o desejem, caríssimos. Ponham-se, por favor, em seus lugares!

Eu comecei essa história divulgando a minha sorte.

Mas, tenham calma, não sou tão egóica assim; não o desejem mas mantenham -se perto - isso sim salvará vossas vidas.