Grife

Oi, amiga,

são 18hs. Passou o dia. Chegou a noite.

Fiquei na cama toda a claridade.

E após horas de reflexão, cheguei a uma conclusão: não existe conclusão! Nem haverá.

O ser humano é muito vaidoso de si mesmo.

Enxergando o próprio umbigo por que ter o desgaste de afastar as sombras para ver a beleza de um pássaro?

Dá trabalho acompanhar seu vôo e encontrar seu ninho.

Por isso, restringem-se às suas próprias e parcas descobertas. E quando não se busca o horizonte, torna-se um ser orgulhoso na sua ignorância. Soberba de pouca valia. Esse é o ser humano vaidoso.

Conhece algum? Conheço muitos. Eles, elas, não importa o sexo. São gentis. Doces. Prestativos. Até que a exaustão da pretensa valorização de si mesmos espelha, em preto e branco, a alma tão pequena.

E vivem, cara amiga. Por incrível que pareça, vivem como parasitas da razão e sensibilidade da vítima do momento.

E se vangloriam. E se alimentam. Quando saciados, simplesmente, verificam se vergaram ou não na postura, endireitam o corpo e saem. Como se nunca tivessem entrado. São assim. Pragas! Necessárias talvez para que saibamos discernir o feio do horrendo.

Diz-me, não seria divino se pudéssemos falar somente das virtudes?

Não, não discorde. Sei que as virtudes mudaram de rumo. Já não sabem como regressar ao seu ponto de origem. Mas elas ainda existem.

Busque lá no dicionário. Encontrará o significado exato.

As virtudes viraram sonhos. Bom caráter, honestidade, lealdade.

Ora, mas que merda! O que adianta ficar lembrando-se disto?

Mãos à obra, amiga.

Vamos vestir a roupa da moda. Grife brasileira, só encontrada neste site: www.enganadores.com.br