Sinais Fechados
Hoje escuto o sufocamento dos sujeitos ao meu redor, a cada ruído revelado assusta e desperta a consciência que aterroriza e modifica a leitura mundana, as reflexões simplificam a complexidade que envolve a energia dos ambientes, não se pode comparar nem se quer mensurar o obvio, estamos vivendo em um mesmo paradoxo. Eu, em minha profunda agonia não posso fazer de conta que nada existe, estou nessa nada como parte integrante e assustadoramente pensante, as reflexões choram as mazelas que a realidade apresenta, e o que nos resta? Uma difícil e calamitosa jornada. Acordamos e dormimos quase sempre com o resultado de uma falsa felicidade, observo as imposições da sociedade o diferencial do Ter, do consumir e não resistir ao consumo exarcebado.
Estamos navegando sem bússola, sem norte, às vezes as oportunidades aparecem para dignificar-mos, mas o que implica é a falta de habilidades desenvolvidas, e o que nos resta?
Clarificam-se as estruturas sociais aporte para poucos sujeitos, grupos escolhidos e mantidos a distancia, a margem, sem sequer olhar a baixo, não aceitam a igualdade nem a democrática cultura. Há sim discursos inflamados e inclinados dos dirigentes alocados ao mais alto grau da pirâmide de Maslow a nos mostrar que os caminhos seguidos são de pedregulho e espinhos. E, continuamos esquecidos, bonecos infláveis a mercê dos detentores da informação. Impressamente a cegueira e a surdez nos transformam em marionetes das injustiças sociais.
Somos degolados e humanamente rasgados todos os dias. É a lei da sobrevivência. “O pouco com Deus é muito” as ilusões forjam comportamentos e a ignorância do quere Ser ultrapassa o limite da decência. Os absurdos mundanos ultrapassam o limite da decência. Por vezes assistimos de camarote o desenrolar das historias esquematizadas para ludibriar àquelas sem conhecimento e sem reflexão. Pobre de nós, esquecidos na amplidão do Brasil, temos o direito de ir e vir em quadradas direções, ora em buracos multifacetados, criados para nos mantermos lá encobertos pela ignorância.
E o que nos resta?