Minha Flor...

Eu sei, que a vida nem sempre é o jardim que desejamos. A vida é o que é, mas pensado bem, é um jardim sim. No jardim, além do colorido e do perfume das flores, tem erva daninha, tem espinho que protege, mas machuca e, por vezes pragas e predadores.

Sei de algumas coisas, minha Flor, muito mais de sentir que de viver. Muito mais por empatizar com a dor alheia do que pela experiência vivida. Sei o que significa mágoa, decepção, tristeza, mas sei muito mais a lição da superação e do quanto vale a pena guardar no coração a lição da delicadeza.

Sei de solidão, Flor. Não daquela solidão que a vida nos impõe, mas a da necessidade de estar comigo, de viver, como bem disse um poetamigo, meus dias de “inverno na alma.”

Entendi seu sentir... humano, compreensível. Fiquei triste mas me alegrei por poder te oferecer meu ombro e meu carinho irrestrito.

E Florzinha, a delicadeza é aprendizado. A generosidade e a capacidade do perdão, virtude dos eleitos.

Não esqueça quem cuida do nosso jardim... Abraço, minha Flor!

Da série CARTAS PARA UMA FLOR...