devaneios e torturas

a muito construí o encosto ideal,de velhos remendos a tempos deixados.cores em branco e preto.

estopas que me cercam a coluna,vez ou outra embebidas em rio sereno,do seu olhar sede matada.

vez ou outra jogaremos água leve em posição oposta.

meu passeio é noturno,por que noturnas são as estações dos meus dias

queria não...queria não derrubar sua folhagens,não pretendia chegar assim em sua varanda!que,que estupidez!rubor!

nessas noites de lua,só vim assim,movido pela maré.ah,essa inconstância!venho presentear-te em suavez e...desculpe pelas orquídeas!sim,afoito que sou,esperando pela hora negra,pelo espelho renovado,pela brisa amiga,esperava assim,em mãos no bolso e ansiedade de notas noturnas.eu assim.esperando a Maestrina Lua acenar sua orquestra.

me desculpe não só pelos aspectos,isso gente escolhe não.me desculpe mais pelos modos.mas me diga.moço de terras longes que a senhora gostou quando viu chegar.sabe?é isso.um ficar olhando de longe,de rabo de olho.um querer tão grande que faz a gente ensimesmar.arreparar nós no espelho.ver as carnes.desculpa eu.

vô indo.

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-sua voz é tão bonita,tão doce quanto um rouxinol.o patrão disse que escreve história.a senhora escreve um conto d'eu?pra ter sua parte comigo?um pouco da sua alma em cada vidro.um suspiro para lembrar.um cheiro de gente bem quista.pardon!preciso ir seguir a lua.no caminho que nunca alcança.esconder do sol.do som.do sorriso,dos dentes amargos.