deixa o silêncio nascer em mim como uma cor (ou dos dias e nunca mais)

teu nome com ou sem sangue eu vou guardar. manchar com essa canção de inverno despotada.

o coro faz silêncio.

restará depois essa dor sem corpo.

...

e hoje eu pintei um silêncio de vermelho.

porque vermelho é a cor do teu nome que ficou em mim.

é o nome das coisas que me doem.

como o fim de tarde quando o sol sangra.

borboleta a pousar no escuro o seu amor. ou a rosa a perder-se.

teu nome é agora silêncio em mim.

feito sangue.

...

o nome dele se agarrava nela. tinta-nanquim. mata-borrão. pastel seco. toda cor pincelada de silêncio. todo ele uma cor. que tinge os olhos dela. feito seta. feito espelho.

Dani Santos
Enviado por Dani Santos em 21/07/2009
Código do texto: T1712047