PASSEIO AO GIQUI
Cara prima Celita
Saudações
Fomos convocados para o aniversário da nossa tia, que ia completar noventa e três anos. Fretamos um ônibus no qual, foram vinte e cinco pessoas. Filmamos toda a viagem: Desde a saída, dentro do transporte, a vegetação que desfilava ao longe, vistosa, imponente, com pequenos lugarejos e extensos carnaubais.
Hospedamos-nos na casa do primo. Grande anfitrião, acolhedor e solícito, como toda a família: Mulher e filhos. É uma residência grande, rodeada de alpendres por toda a casa. Muitos armadores, onde foram armadas redes por tudo quanto é lado.
Ele tem um criatório, de camarões e peixes. Muito bem cuidado, organizado, limpo, controlado e orientado por engenheiro da pesca, pois os camarões são exportados.
Ah, prima você nem imagina o sabor do peixe! "Com gosto de peixe", pescado na íntegra, sem o congelamento da cidade, que deixa o alimento sem sabor, desnutrido e, de baixa qualidade. O camarão, nem se fala, de tão bom, que deixa o paladar na boca cada vez que me lembro.
Depois veio o banho no rio, tão familiar meu, que usei e abusei de tanto banhar-me quando lá morei. Depois foi a caminhada na plantação de cajueiro, de grande extensão.
A tia continua muito lúcida, como é de praxe na família: Sorridente e chorando de tanta felicidade ao ver a família reunida. A outra tia, com oitenta e dois anos, apesar de menos idade estava bem debilitada. Deu-me dó, ao imaginar que a mesma foi minha primeira professora. Lembro-me com era ativa: cuidava da escola do lugarejo, da igreja, do catecismo, do marido, dos filhos, dos trabalhadores, da plantação. Com toda robustez de gente bem alimentada e de uma vida saudável, longe de crimes, corrupções, ladrões, poluições, agrotóxicos, "na época", porque hoje, o "progresso” e a comunicação já alcançaram todos os lugarejos e cidades, com a televisão e a internet.
Hoje a vejo ali. Reduzida a um farrapo, dependente, impossibilitada de todas as atividades, antes tão bem desempenhadas.
O tempo a reduziu, sem dó e piedade, a este farrapo humano, aonde todos chegaremos, se não formos Interrompidos na viagem que caminhamos.
Esta carta nunca chegou ao seu destino, por isso, prima
leia agora aí em Manuas. Sinta saudades imensas e o poder
do progresso e da comunicação.
Abraços.
Cara prima Celita
Saudações
Fomos convocados para o aniversário da nossa tia, que ia completar noventa e três anos. Fretamos um ônibus no qual, foram vinte e cinco pessoas. Filmamos toda a viagem: Desde a saída, dentro do transporte, a vegetação que desfilava ao longe, vistosa, imponente, com pequenos lugarejos e extensos carnaubais.
Hospedamos-nos na casa do primo. Grande anfitrião, acolhedor e solícito, como toda a família: Mulher e filhos. É uma residência grande, rodeada de alpendres por toda a casa. Muitos armadores, onde foram armadas redes por tudo quanto é lado.
Ele tem um criatório, de camarões e peixes. Muito bem cuidado, organizado, limpo, controlado e orientado por engenheiro da pesca, pois os camarões são exportados.
Ah, prima você nem imagina o sabor do peixe! "Com gosto de peixe", pescado na íntegra, sem o congelamento da cidade, que deixa o alimento sem sabor, desnutrido e, de baixa qualidade. O camarão, nem se fala, de tão bom, que deixa o paladar na boca cada vez que me lembro.
Depois veio o banho no rio, tão familiar meu, que usei e abusei de tanto banhar-me quando lá morei. Depois foi a caminhada na plantação de cajueiro, de grande extensão.
A tia continua muito lúcida, como é de praxe na família: Sorridente e chorando de tanta felicidade ao ver a família reunida. A outra tia, com oitenta e dois anos, apesar de menos idade estava bem debilitada. Deu-me dó, ao imaginar que a mesma foi minha primeira professora. Lembro-me com era ativa: cuidava da escola do lugarejo, da igreja, do catecismo, do marido, dos filhos, dos trabalhadores, da plantação. Com toda robustez de gente bem alimentada e de uma vida saudável, longe de crimes, corrupções, ladrões, poluições, agrotóxicos, "na época", porque hoje, o "progresso” e a comunicação já alcançaram todos os lugarejos e cidades, com a televisão e a internet.
Hoje a vejo ali. Reduzida a um farrapo, dependente, impossibilitada de todas as atividades, antes tão bem desempenhadas.
O tempo a reduziu, sem dó e piedade, a este farrapo humano, aonde todos chegaremos, se não formos Interrompidos na viagem que caminhamos.
Esta carta nunca chegou ao seu destino, por isso, prima
leia agora aí em Manuas. Sinta saudades imensas e o poder
do progresso e da comunicação.
Abraços.