CONFISSÃO DE AMOR

Neste vai e vem de inconstâncias, sigo a vida perambulando por caminhos escusos, já não sei onde vou...

A vida madrasta, tem me sido ingrata, insiste em me castigar...Hoje neste expressar há dor no lugar de tinta, as palavras estão carregadas se sofrer e penar.

Virei-me do avesso para poder me declarar, tantos anos de angústias e você tão perto, podendo da prisão me libertar...

Podes achar que sou louca por só agora falar, mais quem não é um pouco louco?Quem não amou a tal ponto de uma loucura por amor praticar?

Não lhe peço que me compreenda nem tão pouco te declaro culpado, o amor nos vem quando quer nos achar. Não adianta procurar...apenas somos reagentes involuntários, totalmente controlados por algo que não há explicação, que não exige razão, apenas nos invade e nos toma o coração.

E neste fogo que me queima a alma, sofro por comigo não compartilhar, mas o amor é assim chega sem avisar e não espera alguém para somar, se faz pleno, tão intenso que as vezes deixa de ser felicidade para se tornar penar....

Por muitas vezes me perdi em seu olhar, busquei constantemente um sinal, uma deixa para eu entrar...mas não tive coragem quando me veio a oportunidade, me silenciei por medo de tudo mudar...

Mas eis que não aguento, vivendo assim tão perto é um tormento, pus-me então a declarar...Seja agora o que for, vim para te falar de meu amor...

Não espero resposta, pois amor nos faz ter a necessidade de se expressar, ele não cabe em si, ele transborda, as vezes chora, mais jamais implora...

Hoje eu vim aqui somente confessar, mesmo que não me ames, que não me retribua, ainda assim sou feliz por te amar.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 14/07/2009
Código do texto: T1699283
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