Mukanda a uma escritora (2)
Querida VanOr,
Para não variar, desde o nosso “Felice” embora trêmulo encontro no dito em Ipanema, eu nada tenho feito a mais do que trabalhar e entrar em pânico vezes sem conta, sinal de que tenho menos controle sobre a minha nave que um comandante de A330...
É certo que estivemos (eu e a Nina), aquelas vinte e quatro horas em Paris, durante as quais chacoalhamos algumas vezes na sujeira, barulho e calor dentro daqueles trens a que os frogs chamam de RER, só para termos o prazer de tirar mais umas fotos junto da Fonte de Saint Michel, no Arco do Triunfo e de caminhar um quilômetro Champs Elisées abaixo. Tirando isso, só o desespero de tatear o escuro na esperança de em algum momento, encontrar o tão desejado botão de comando do “Foda-se”.
Neste Domingo, sem que haja ainda encontrado o malfadado botão, caso contrário nós estaríamos a estas horas voando para Lisboa, dei um bom mergulho no teu Blog. Digo mergulho, porque saí completamente encharcado nas lágrimas do tanto que ri! Decididamente, vou auto medicar-me nos teus textos, sempre que me sentir resvalando para a fossa.
Ah! Sim!... Sabe aquela velha inveja pessoal que sinto de ti pela capacidade inigualável que tens de dizer e escrever palavrão com espírito tal que resultas irresistível além de saíres incólume? Pois é: Aumentou em muito essa inveja e o pior é que a minha incapacidade para isso aumentou na mesma proporção!...
Recebe um beijão meu e outro da Nina, com carinho e amizade.
Blog da VanOr:http://vanessaornella.blogspot.com/