Quando acaba a confiança
Diariamente sou perseguido por dúvidas, pelo que nunca acontece e pelo que deixei de esperar. E são tantos os pensamentos que invadem minha cabeça, que os momentos que eu mais deveria querer, são por mim rapidamente esquecidos. Os vestígios de uma outra presença fragmenta qualquer inteiro que permaneça. E os pedaços que junto de mim, perdem as partes do que eu guardava de mais bonito. Afinal, nada é assim, tão infinito...
As tardes tediosas não distraem os argumentos. Atentas, as atitudes não são nada favoráveis. Ferido, sigo um pensar incriminado por juízos inconstantes e inseguros. E o que aprendi sobre o amor, quando a tênue linha da confiança é assim arrebentada, fica perdido em versos soltos num espaço qualquer em que eu sinta a presença constante do que mais se ausenta de mim: o desejo de amar sinceramente a mesma mulher, por vezes sem fim...