AO MEU AMOR

Belo Horizonte, 24 de junho de 2009.

Olá!

Não sei se bom estás, se estás dia, tarde ou noite! Espero apenas que esteja atento ao que escrevo, a cada palavra que estás a ler agora.

Sabe aquele nosso amor, aquele tanto de amor todo nosso, aquilo tudo que ardia em nós? Pois bem, ainda está em mim, bem aqui, do jeito que sempre esteve, não passou como você presunçosamente supunha ou me propôs, não sei!

Você sempre me disse que tudo passa, que na vida tudo está de passagem, e que você logo seria uma lembrança minha. Escrevo para dizer o quanto estava enganado, o quanto ainda não sabe - de mim, de ti, nem mesmo da vida. Nada sabe, seu bobo! Talvez não saiba de amor, de amar, do meu amor... talvez não saiba, talvez!

Ah, eu era feliz! Era só luz e hoje não enxergo um metro à minha frente sem você por perto.

Lembra aquele dia que estava em meu sonho? Nessa última vez agora, me carregava em seus braços, me olhava com ternura, pensei até que ainda me amasse. Sempre estou tão enganada, perdida em tamanho amor.

Lembra aquela viagem que fizemos, lá naquela cidadezinha de poeta? Lembra? Aquela mata toda, aquele cheiro de pureza, aquele nosso tanto amor!

Eu não esqueço de nada, nem seus olhos, nem seu cheiro, nem sua boca, nada! Se esquecer você esquecerei de tudo... aí não mais serei.

Sabe o que escrevo? Digo de tudo, é só para você! Se triste, porque não está, se feliz é que estou a lembrar...

Amor é o que sinto por você a cada respiração. Estou aqui, já disse, a esperar, não seja teimoso e acredite: eu amo você sim, nem paro, nem penso, nem ajo, já estou de olhos bem fechados esperando o momento dos seus lábios chegarem.

Por aqui eu me disperso, releia, pense com carinho, alivie esse meu coração, alegre meus olhos tristes...

Carinhosamente,

Aprendiz de mim.

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 24/06/2009
Código do texto: T1665501
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