Segundo ensaio de um coração...
Podes me achar superficial. Vá lá! Talvez seja mesmo... agora não venha me dizer que a primeira impressão não é a que fica?! Acredito tanto nas meias verdades por trás dessa afirmativa, que venho tentar refazer minha imagem[considerando que sejas como eu]... vamos ser sinceros, meu primeiro enaio [txt: De um coração...] estava meio deprimente, e bem da verdade não sou assim... não de todo [ou de fato].
Poderia ser branca, gostaria de ser índia, mas definitivamente estou na matiz do negro. É, a cor é negra [apesar de alguns babacas dizerem ‘morena’]. Tá, é um negro meio safado... meio sem graça. Mas porque comecei pela minha cor? Sei, lá! Nem tenho cor certa... sou brasileira, pombas!
Achei melhor não falar nada muito espiritual, porque ando tentando ignorar um espírito autoritariamente sôfrego que tenta me botar deprê por esses dias [“resquício do dia dos namorados, sozinha novamente” – ele lembra]. Então vamos a coisas mais superficiais. Certo?
Bem, a cor como já disse é meio safada. Mas de um safado mais pra preto do que pra branco. Os olhos e cabelos são castanhos, mas de tão escura gradação, que poderia bem dizer que são negros [é no fundo, só a alma é realmente o que parece: melindrosa].
Esse papo ta parecendo coisa de divã... o que mais posso fazer? A certeza sólida [material?] de minha existência não é tão significativa [ou é?]. Comprimo tudo em 1,60 de altura e num poço de orgulho que, quando tanto, até me aborrece. Isso porque sempre busco a serenidade [e geralmente a gente só a encontra, quando só!], mas meu orgulho às vezes é tão ditador que me impele a reações altamente pulsantes [e muitas vezes revoltantes].
Divagando novamente... acho que definitivamente não consigo me agarrar a solidez das coisas [ou a minha mesma...], no fundo gostaria de ser menos avoada, mas fazer o que? Essa é minha sina, minha idiossincrasia... ser sempre escorregadia...