AMÔ DE ANALFABETRO, TAMÉM É AMÔ...
meu bem, num sei escrevê, mais presta atenção, que eu vô dizê.
Eu amo você, pra daná, e nem sei o como falá, mais é amor de verdade, daquele que bati saudades, que fais o coração pular pra boca.
meu bem, num sei quantas palavras guardei pro cê, mais, mesmo sendo anaufabetro, meu amô é puro dimais, rapais.
onte mesmo, a tristeza gritô no meu peito, e não teve geito, liguei pro cê, mais vi, que uma muié atendeu, falô um tanto de coisa, mandô eu dechá recado, e fiquei brava, dechei um tanto de chingo, aposto que ocê intendeu.
óia eu não vô suportá, se ocê, num quizer falá, vô aí, onde tivé, e vou ti bejá.
sabe ben, eu num sei o que dizê, mais gosto de ocê, e ningém pode intendê, que apezá deu sê meio burra, eu amu ocê.
intão para de dechá recado questa moça, se não meu siúme vai aumentá, e vô morrê de tanto chorá.
óia, só pra acabá, ti mando um bejo, gostozo pra daná, e mais, qero ti vê hoje, dá? o num dá.
tiau mermo, mais vô esperá, i num mi fais esperá, porque sei qe sô meio bobinha, mais condo eu aprendê escrevê, vô dizê mais coisa bunita pro cê, viu?
beiju meu e liga pra eu, viu? eu sei que ocê tá aí, e manda eça moça imbora, porque se não eu vô, fazê escandlo.
sou boba merma, mais sei bejá, ti abraçá, e aposto qui ocê gosta né?
tiau e liga mermo eim?