Querida Marrye,

Amiga,

Era quase 00:00hrs e por fim, aquele jantar interminável havia acabado e o que era relativamente imprevissivel passou a ser então estável, escrevo essa carta ainda vestida, com trajes matrimoniais, a chuva desce pela janela, com gotas quase que contáveis.

Diante da quietude tudo se esvaziou, e em um sonho eu descobria que nada poderia separar daquilo que eu tanto esperei, e por hora ele seria somente meu, o sopro de vida invadiu aquele tão pequeno quarto de Hotel, e as coisas passam a ser mais do que nós esperavamos que fosse, porém o rumo não tem me satisfeito tanto.

O ponto de partida havia sido iniciado naquela noite, e tudo que havia sido planejado desde o principio foi desfeito.

Mas eu não havia sido tão afetada do modo como que achei que seria.

Talvez Valentine tenha razão, há alguma coisa no modo como ele me olha, mas Drew confunde minha mente dia após dia, e suas doces palavras frias, tem congelado o meu coração.

Eu estou disposta a perder Drew, mas toda vez que eu tento, ele volta a me procurar.

Não sei dizer como é a sensação, mas posso dizer que um leve desespero sob sobre minha pele me encomoda e me lança na ansiedade de meus desejos.

Eu queria poder ler os pensamentos dele e saber o que ele realmente sente a respeito. a possibilidade de descobrir seus misterios é realmente convidativa, mas eu preciso de um tempo para saber como fazê-lo.

retornarei em breve, sinto sua falta .

Nayla. 24 de maio de 1995 -

Deise Manfredini
Enviado por Deise Manfredini em 24/05/2009
Reeditado em 03/11/2009
Código do texto: T1612301
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