À minha Afilhada

Cara:

Trouxeste a este mundo uma nova vida. Não lhe consultastes se queria sair do mundo inexistente a este conformado dessas maneiras. Mas espero que, apesar de tudo, vo-lo agradeça quanto chegar à idade da discreção e mais ainda quando abandone a idade da inocência.

O nome que lhe tendes dado parece-me ótimo. Já conversaremos sobre ele.

Não o tomeis a conselho, nem sequer a bom conselho, mas entendei que progressivamente devereis permitir que a nova vida, hoje tão dependente da vossa, consiga ser vida, só vida e independente... no que neste mundo planetário lhe for possível, pouco e parcelarmente. Mostrai-lho também, não caia em surpresas atolantes.

Entrementes recebei, mão e filha, um beijo bem sentido e o pai um abraço, "azul-grana", e para a toda a família uma "abraçada" feliz: