"A gente sempre tem algo a dizer
Em qualquer ocasião
Mesmo que não sejam
Apenas palavras"
Carlos Assis
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O sorriso ácido lisérgico do gato de Alice
Há um bom tempo penso como é andar fora da área, há anos me perco e me reencontro dentro do armário do descobridor de Alice.
Beirando caminhos, estou acostumada com pessoas que pintam quadros abstratos, enquanto tem gente que prefere gastar parte do salário em pulsos telefônicos... no amarelo despejado nas fraldas, lorotas a parte é bem mais fácil enviar “torpedos” insensatos por aí, (nem sempre as pessoas tem coragem de entrar em contato cara a cara com a verdade).
É, a vida re_desenha as novas e verdadeiras falas nos balões.
A mentira parece que anestesia o vazio tendo gosto de vertigem, alguns para se distraírem bebem demais, outros nem sabem porquê bebem (tem gente que nunca pára para pensar) dormem no ponto; muitos não estão acostumados com leituras dinâmicas em jornais apesar de manterem as órbitas fixadas nas páginas dos esportes prediletos: fofoca e carnificina.
Há tempos que mais de um borderline transitam na porta da rua da frente e de suas línguas saem um chute ou outro no pau de alguma barraca, escuto quando cospem mas não trago a baba para o interior da minha residência (escarros são sonoros? Toda imundície é relativa_mente anti-higiênica, sei que tem muita gente que se perturba com o desagradável, quem não entende direito o sentido do id, do superego e o ego fica perdido sem meio termo... quando assinalam que não estão conseguindo lidar com a dor na sua solidão.
Sabe o por quê?
Resposta: Porque o que mais incomoda no outro é algo enrustido em si, e é mais gostoso e fácil colocar o dedo na trave do olho dos outros, do que tentar inverter a situação... tem muita gente que sente medo de entrar em contato com o próprio medo ...infelizmente algum dia acabam desabando em alguma labirintite que balança as pontas das franjas auditivas.
O estado borderline chega a ser algo irritante de se descrever já que o humor é insuportável para quem está dentro desta linha de flutuação (pensou J.) faz tempo que focinho é tomada: Freud teve seus momentos boçais quando publicou um artigo sobre os benefícios da cocaína, o pai da Psicanálise além de consumir a droga, a receitava para alguns pacientes, será que Freud não sabia que aquela farinha viciava, no tempo que não era ilegal? Já o médico inglês foi bem mais “light” ao pesquisar a energia das flores: "Não nos fixemos na enfermidade, pensemos, apenas, em como o paciente vê a vida" (Edward Bach). Em resumo: o que se tem atrás do espelho? Biscoito e oito são paranomásias; faz tempo que na carne do pescoço das ciscadeiras e dos galos se tem mais ossinhos do que filés; faz tempo que bom senso por aqui é uma salada russa que não é oito nem oitenta.
Sabe, faz tempo que não estou nem aí se ninguém ler isto ou aquilo outro, pois cada qual interpreta histórias como bem entende. Aprendi que a arrogância se basta ao crer que não precisa de nada diferente daquilo que lhe parece comum... tem gente que é incapaz de aprender com quem quer que seja, tem gente que confunde os excessos, tem gente que nada tira de positivo; diga-se de passagem com a arrogância não se chega longe...
No momento não tenho vergonha somente vontade de me mandar pro meio do inferno com um e outro que já se encontram por lá nunca será perda de tempo... é apenas a definição de um estado indefinível.
O sorriso de J. tem que ultrapassar o ácido lisérgico do gato de Alice, assim sendo J. considera as pessoas que vivem brincando com fogo faz tempo... por enquanto que cães lambem os artelhos peludos: - Pra que servem as pulgas e as patas, sêo Alter ego?!
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Faz tempo que o personagem do lado de fora no concreto, pode ser: lento, lerdo, e mal passado, porque um border_line pode pensar que sabe de menos e sabe mais do que muita gente... adultos contam mentirinhas, para que suas “criancinhas” possam dormir em pax sem rivotril, dienpax... sem crises emocionais, pensamentos suicidas e vontade de se auto lesar ou de se robotizar.
E mesmo se tendo consciência que há a necessidade de auxílio psicoterapêutico, faz tempo que tem gente que finge não ouvir, “dizem-me com quem andas que lhe direi quem tu és” dois ou mais usuários de drogas ilícitas nunca sairão do poço - sós.
Faz tempo que gente grande é pequena porque não tem paciência de ouvir um SIMPLES não. Digo NÃO porque o NÃO faz parte da salvação, do estresse e do escambau assim como quem cansa da palavra inferno um dia procurará o paraíso, somente se tem disposição para viver num movimento suicida, quem não sabe tirar médias aritméticas.
J. tem pares de antenas e lanternas fosforescentes, funcionam como olhos perdidos, detectando que nada vale acessos de inveja ou ciúmes assim como a raiva mal administrada, o poder da frieza em certos aspectos pode ser útil e mais preferível do que uma catarata que desgraça na na opa_cidade (refletindo sobre outros cristalinos: - Vale a pena experimentar “esfunhanhar” a vida alheia?)
Faz tempo que dinossauros e a borboleta se “divertem”, faz tempo que tem gente que brinca de "normal" tomando coquetéis de maus remédios: - Será que quem pensa que um dia foi amado realmente o foi...?
ACORDA Teodooora... – em coro clamaram J mais o sr. Alter ego – qual será o tipo de amor que salva?
R: Por que será que o “te amo” num monólogo não faz sentido? Porque soa mais como o vúuuu de um vento jogado gelado... amor que é Amor tem ação desinfetante de eu ca lip to (o “eu te amo” não está somente nas palavras)
Faz tempo que um tanto de urina parada fede na janela dos dias e tem gente que sente receio de banho d’água fria (batendo na bunda).
Por que a bunda está a rebolar por aqui?
R: Porque quem administra a entrada das palavras ri da folia de ratos que rola solta nas estações cerebrais.
Manipulação não tem nada a ver com o real amor, baby.
O “Oi” de um bafo pós bebedeira parece estar sendo sempre muito bem escondido, mas nem sempre está... sem cartas nem blefe neste pocker: tudo começa com uma rolha mal aberta numa garrafa.
Faz tempo que vidas andam atrás da fila de um deus minúsculo de dar DÓ, faz tempo que tem gente que pede um amor espetacular para todos os santos sem merecer... faz tempo que não sou vidente... as filas andam todos os dias e mesmo a fila que tem cara de morte se pergunta quando irá haver o luto:
marolando
nadando em fila
com os peixes voadores
furando a onda...
sentindo a maresia
Faz tempo que alguém escreve isto ou aquilo, como se tivesse escrito um best seller – sozinho, com as narinas hipócritas ao cubo.
Os carimbos
dos mais caretas
coexistem
na falta de caretice
ao pó
mais cedo ou mais tarde
todo mundo
retorna
Faz tempo que ausência de imaginação é preguiça
faz tempo que beijos em branco são enviados via sedex
faz tempo que gente que se diz sã e não está preparada para ouvir...
faz tempo que gente que não se diz sã quer esconder suas chatices
um bom prato de arroz e feijão nem sempre enche a barriga
Amor precisa ter Paixão
faz tempo que perfume barato pensa que reconhece o que é
Made in France...
faz tempo que foto de passagem é bem diferente do que é da
gema ou de nasceu de berço ou tem raiz...
Faz tempo que quem vive só no nada não enxerga
que se tem muito mais à se fazer.
Em cena dois indicadores dançando no teclado... se um pedestal existe é para que o orgulho se suicide na medida certa: Tin-tin com skincariol.
Confesso que às vezes que paro de escrever é quando me encontro mergulhando em direção a uma outra ilha, no papel o imaginário se organiza com coerência – escrevo para respirar (sem a fumaça do nargilê, gato).
Rosangela Aliberti
Atibaia, 13 .V.09