Confissões de uma Alma Suicida.
Confissões de uma Alma Suicida.
A cada passo uma solidão... a cada solidão um abismo... a cada abismo um desejo louco de lançar meu corpo no infinito.... a cada desejo uma vontade insana de trancar meus olhos definitivamente, meus lábios desesperadamente e que minha alma durma eternamente assim como meu corpo cravejado de dores e desespero.
Queria apenas o que muitos tem mas não percebem... queria um amanhecer diferente... uma vontade de sorrir de um algo qualquer em vez de chorar... ah como eu queria poder amar, dançar, beijar e sonhar.
Olhar para o mundo e ter o direito de sentir que alguém me ama, que por mais cruel que seja meu maior castigo, alguém sente falta verdadeiramente de mim e deseja ardorosamente escutar as risadas que nunca dei, ser os lábios que nunca provei e ter o calor do corpo que nunca pude sentir junto ao meu em um amanhecer frio.
Ser o sol em uma tarde de verão, um belo jardim em uma manhã de primavera, um belíssimo caminho em um anoitecer de outono ou o ventinho cantante em uma madrugada de inverno de um alguém.
Não sou nada disso, sou apenas uma alma que cansou de chorar, ter esperanças vãs ou mergulhar no gelo de uma existência onde os corações batem, os pulmões respiram, as mãos tocam e eu não... eu não nada.
A alma solitária não teve a chance de provar sua nobreza, experimentar a liberdade das fadas que vem e vão voando suavemente... não existe chance apenas a dor do vazio.
Sou apenas a alma sem nome e brevemente sem vida.