COMO PÓ DE AREIA LANÇADAS AO VENTO

NÃO TENHO NOÇÃO DO QUE SERÁ O DIA DE HOJE, POIS...

NEM MESMO SOMOS DONOS DAS HORAS E DOS MINUTOS QUE PASSAM.

NEM OS MILÉSSIMOS DE SEGUNDOS NOS PERTENCEM...

E, ASSIM VAGANDO AO SABOR DO DESTINO PAIRAMOS...

SOMOS COMO PÓ DE AREIA LANÇADAS AO VENTO,

SUSPENSOS PELO FINO FIO QUE TESE NOSSA EXISTÊNCIA.

COMO BONECOS, MARIONETES, QUE SE MOVEM AO CONTROLE DO DONO, SEM CONSCIÊNCIA DOS PRÓPRIOS MOVIMENTOS,

MOVEMO-NOS...

NA DIREÇÃO QUE NOS IMPELEM AS MÃOS DE QUEM NOS MOVE.

UMA HORA SÃO OS SENTIMENTOS, OUTRAS AS SITUAÇÕES IMPOSTAS PELA VIDA COTIDIANA.

OU AINDA, APENAS O IMPULSO DE SOBRVIVÊNCIA.

NOS FAZEM CAMINHAR...

UM CAMINHAR AS VEZES LENTO, AS VEZES RÁPIDO, EM SOBRESSALTOS. NÃO IMPORTA.

CAMINHAMOS... NÃO É ISSO QUE DEVEMOS FAZER? ... CAMINHAR?

UNS DIAS EM FRENTE. EM OUTROS RECUANDO... MAS SEMPRE...

SEMPRE CAMINHANDO.

POR ONDE SERÁ QUE CAMINHO AGORA?

SE UMA NUVEM DE INCERTEZAS PESAM SOBRE MINHA CABEÇA.

SE MAL CONSIGO VER A DIREÇÃO POR ONDE MEUS PÉS ESTÃO INDO,

POR CONTA DAS LÁGRIMAS QUE COBREM O MEU ROSTO, E ESSA ANGUSTIA QUE INVADE O MEU CORAÇÃO,E O MEDO DAS HORAS QUE SE SEGUEM ATORMENTANDO MEU ESPÍRITO?

O QUE DEVO ESPERAR? A QUEM DEVO RECORRER?

AI... PENSO NAQUELE QUE TECE OS FIOS,

NAQUELE QUE COMANDA TODOS OS MARIONETES E SEUS DONOS,

ÀQUELE QUE DETÊM O CONTROLE DA VIDA, DAS HORAS, DOS MINUTOS E DOS SEGUNDOS...

E, EM SUAS MÃOS ME ENTREGO...

COMO UM MENINO QUE SE REFUGIA NO COLO DO PAI

ESPERANDO QUE O MEDO VÁ EMBORA

E QUE ELE, O PAI, ME CONCEDA UM SONO TRANQUILO

E UM AMANHECER COM RAIOS DE SOL

BATENDO NO MINHA JANELA, INUNDANDO MEU QUARTO

E MEU CORAÇÃO...

QUE ASSIM SEJA!!!

JANE BARROS

30/04/09

Jane Barros
Enviado por Jane Barros em 06/05/2009
Código do texto: T1579723
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.