UMA CARTA ETÉREA
Imaruí, SC, 25 de abril de 2009
Márcia - Helena,
Hoje, mesmo ainda sentindo uma grande dor, a dor de um padecimento que não cessa, eu vou tentar te escrever essa cartinha cheia de saudades.
Eu espero que tu me desculpes estar com os meus olhos turvos e vermelhos de lágrimas, eu sei que tu não gostarias disso, mas felizmente ainda somos emotivos.
Se existisse um correio etéreo e eu tivesse o teu endereço, por certo, que hoje mesmo, eu te despacharia esta cartinha num malote especial.
Mas na verdade, minha querida filha, eu não sei onde tu estás atualmente, penso eu que tu estejas numa estrela, mas eu ainda não sei qual a galáxia que escolheste como a tua última morada.
Presumo que tenhas voltado para uma estrela, acredito inclusive que essa estrela seria o teu paraíso, pois aqui entre nós tu foste uma estrela de muita luz.
Todos nós aqui embaixo ainda estamos muito tristes, pranteamos com muita dor a tua ausência definitiva, o único conforto é saber que tu serás eternizada em nossas saudosas lembranças.
Minha filha, tu passaste muito rápido por nós como uma estrela cadente, mas tu deixaste um rastro de muitos amigos e doridas saudades.
Eu te dediquei alguns poemas, talvez uma dezena deles, mas eu deveria ter te dedicado centenas.
Agora, eu não consigo mais escrever poemas para ti, talvez volte a compô-los daqui a algum tempo, pois tu deves estar sentindo o meu padecimento em escrever esta simples cartinha, que eu gostaria de te enviar por um correio estelar.
Confesso que nós: eu e a tua mãe, o Eduardo, o Marco-Aurélio, o Guilherme, o Juninho e a Joesa, todos sentimos muito a tua falta.
Mas também quero te confessar que, embora a morte tenha te raptado de nós, mesmo naquela inércia fria, tu não perdeste a beleza de estrela, pois em teus lábios ainda tentavas esboçar aquele teu sorriso lindo.
Acho até que a morte misteriosa te transformou de estrela em deusa, acredito que essa transformação foi a tua recompensa pela curta e linda vida que passaste conosco.
Lembra daquele poemeto em que eu te dizia: Márcia – Helena - Helena de Tróia, não é ilha não é nada, é nome de filha, mas na verdade, é entre nós uma deusa transfigurada.
Adeus minha linda estrela e deusa Aldebarã, que brilhaste com farta luminescência na constelação da nossa família, mas agora, todos nós temos certeza que tu és a mais brilhante estrela das galáxias.
Um beijo minha princesa crespa.
Imaruí, SC, 25 de abril de 2009
Márcia - Helena,
Hoje, mesmo ainda sentindo uma grande dor, a dor de um padecimento que não cessa, eu vou tentar te escrever essa cartinha cheia de saudades.
Eu espero que tu me desculpes estar com os meus olhos turvos e vermelhos de lágrimas, eu sei que tu não gostarias disso, mas felizmente ainda somos emotivos.
Se existisse um correio etéreo e eu tivesse o teu endereço, por certo, que hoje mesmo, eu te despacharia esta cartinha num malote especial.
Mas na verdade, minha querida filha, eu não sei onde tu estás atualmente, penso eu que tu estejas numa estrela, mas eu ainda não sei qual a galáxia que escolheste como a tua última morada.
Presumo que tenhas voltado para uma estrela, acredito inclusive que essa estrela seria o teu paraíso, pois aqui entre nós tu foste uma estrela de muita luz.
Todos nós aqui embaixo ainda estamos muito tristes, pranteamos com muita dor a tua ausência definitiva, o único conforto é saber que tu serás eternizada em nossas saudosas lembranças.
Minha filha, tu passaste muito rápido por nós como uma estrela cadente, mas tu deixaste um rastro de muitos amigos e doridas saudades.
Eu te dediquei alguns poemas, talvez uma dezena deles, mas eu deveria ter te dedicado centenas.
Agora, eu não consigo mais escrever poemas para ti, talvez volte a compô-los daqui a algum tempo, pois tu deves estar sentindo o meu padecimento em escrever esta simples cartinha, que eu gostaria de te enviar por um correio estelar.
Confesso que nós: eu e a tua mãe, o Eduardo, o Marco-Aurélio, o Guilherme, o Juninho e a Joesa, todos sentimos muito a tua falta.
Mas também quero te confessar que, embora a morte tenha te raptado de nós, mesmo naquela inércia fria, tu não perdeste a beleza de estrela, pois em teus lábios ainda tentavas esboçar aquele teu sorriso lindo.
Acho até que a morte misteriosa te transformou de estrela em deusa, acredito que essa transformação foi a tua recompensa pela curta e linda vida que passaste conosco.
Lembra daquele poemeto em que eu te dizia: Márcia – Helena - Helena de Tróia, não é ilha não é nada, é nome de filha, mas na verdade, é entre nós uma deusa transfigurada.
Adeus minha linda estrela e deusa Aldebarã, que brilhaste com farta luminescência na constelação da nossa família, mas agora, todos nós temos certeza que tu és a mais brilhante estrela das galáxias.
Um beijo minha princesa crespa.