Cartas (2)
Recentemente, enviei um e-mail à minha amiga do texto “Cartas”, compartilhando alguns episódios e passando o link do texto em que ela fez parte. Mais uma vez, ela responde de forma emocionante:
“Sua mensagem e seu blog vieram ao encontro de muitas de minhas necessidades e dúvidas. Foi muito bom relembrar o que lhe escrevi antes de partir de Barcelona, pois era o que eu estava sentindo naquela época em que havia me encontrado. Hoje parece que me perdi novamente e você aparece para me resgatar, me trazer à tona.”
Além disso, ela enviou uma música em que constam os trechos:
Quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.
Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.
Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.
(“Cuida de Mim”, O Teatro Mágico)
Ela também me enviou as palavras que escreveu antes de entregar a sua tese de doutorado, retratando seus sentimentos:
...Umas palavras...
No que eu acredito
Nem sempre eu digo
Não revelo por medo
Do meu desconhecido
No que eu acredito
Será que pode ser dito?
Será que pode ser lido?
Será compreendido?
Por mim e por você?
No que eu acredito
É o que foi construído
Por mim...
No que eu acredito
Você faz parte.
No que eu acredito?
Em mim e em você.
Muito obrigada por você existir.
Por isso, eu acredito
Em mim e em você.
(Presidente Prudente/SP, 02/11/2008)
E finaliza o e-mail no auge da emoção:
“Hoje, acredito (ou melhor, eu sei, tenho certeza) que o acaso não existe.
Não nos conhecemos por acaso.
Não somos amigos por coincidência.
Somos muito mais do que encontros fortuitos.
Somos seres que necessitam de compreensão, de encontro (consigo e com o outro).
Somos seres que precisam se achar, precisam se relacionar, precisam amar, precisam perdoar.
Somos parecidos e as vezes desconhecidos.
Somos eternamente amigos...”
Muito obrigado, querida amiga!
(Catalão, 26/04/2009)