Milênio
E ainda ínsito em ser poeta
Olha quanto tumulto!
Quanta pressa, quanta correria,
O mundo a mil por horas,
e todo mundo quer chegar.
É lá, eu não sei,
É em qualquer lugar.
Pode ser aqui mesmo
Ou de repente é ali
E se todos pudessem ver,
Do sentido real, o viver.
Ou ao menos pudesse sentir,
A essência real do existir,
Que escondemos a beleza e a natureza,
Perde-se a pureza e se camufla por lá
E o que ainda me faz pensar?!
No doce barulho do mar,
No eco que soa no ar,
Na voz que não quer calar,
E tudo mais que eu penso!
A brisa, o toque, o vento,
O canto, o sopro sereno
Ah esses meus lamentos...
E por eufemismo eu ameno,
E o que busco com isso?!
Se não sabes, um palpite eu arrisco,
Se soubesse o que é isso...
Não seriam apenas lirismos!