A Ribeira e a Janela (Dedicada a meu marido)

Não vivo por você, mas amo o prazer de sua companhia e das lembranças, boas lembranças de tempos que passaram e de cada momento em que lado a lado desfrutamos a alegria.

Recordo-me de nós dois na Ribeira ao admirar o pôr do sol que fazia do mar furta-cores, ainda sinto-me envolvida em seus braços e a sua boca sussurrando ao meu ouvido, palavras de amor.

Remoto-me com ternura ao tempo em que te esperava ansiosa para ver-te chegar do trabalho de madrugada e abria a janela do meu quatro só para te ver e recebia como premio um beijo na mão ou um selinho quando corajosamente pendurava-se na minha janela do primeiro andar para se aproximar da minha face.Ah! Quão afáveis são essas lembranças!

Hoje a quase três anos de casada desfruto do prazer da efusão de afeto que me dás ao me acariciar enquanto cozinho e de me fazer dormir em seus braços, o seu carinho êxtasea-me mais do que sexo, assim desejo completar trezentos anos ao seu lado, trezentos, é muito pouco eu quero toda eternidade.

Não troco você por nada, amor; nem toda beleza, nem toda riqueza serão capazes de compensar a sua doce companhia, você faz-me sentir viva, você me deu asas e me fez tocar o céu, você é uma pitada de sal que dá sabor a minha vida, por isso lhe sou grata.

Almejo ter mais recordações boas do hoje que será o ontem que vivi ao seu lado e que amanhã seja o doce presente de cada dia de hoje que estivermos juntos.

LANEMATTOS
Enviado por LANEMATTOS em 14/04/2009
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T1538392