isac
caiu gelado em mim esse: “já não quero saber de ti”. apenas porque não me levantei da cadeira para ocupar o teu lugar debaixo das arcadas de granito. tu fazes parte desse quadro. partilhas a poesia ao mesmo tempo que ironizas com aquela gentinha. tu és a alma daqueles espaço. e por ti que me arrasto até lá e quando não apareces vou apenas ficando para que ninguém perceba o meu desencanto. apenas porque não fui capaz de ler em público tu disseste que não me querias mais. o que sabes de mim? como pensas que me sinto por não ser capaz de me libertar? sim tenho medo. uma fobia social se assim o quiseres entender. e o pior é que não é de agora. faz parte de mim desde a partida do meu avô. que sabes de mim, meu amor? não podes descobrir tudo no mesmo instante só porque me observas todas as quartas-feiras do teu lugar mais que legitimo.