O meu amor
Este amor estranho, febril, que não cala, grita;não sorri, gargalha;não arranha, tortura bem fundo...
Este sentimento que não adoece, renasce cada vez mais forte, qual planta esquecida e inútil, que já nem espera cuidados, mas anseia por estar...
O meu amor eu não entendo, sinto transbordando na alma e na vida, com lágrimas de fins de tarde, na vontade louca de te beijar, na raiva por não te esquecer...
Tal amor se repete como estas linhas, arde como fogo, leva como a correnteza; é maior que a mim mesma, ultrapassa, embriaga, corrói...
Este amor é só meu, tão meu, muito meu, porque tu não o aceitas; é dádiva e maldição, conforto e dor, passado e futuro. Por força dele eu choro, em delírios pergunto por qual razão não me amas, se eu me fiz amar...
O meu amor não quer falar, quer viver, abraçar, ficar junto. Está desesperador, sufocante, incerto de si mesmo, incapaz de morrer e impossível de viver...
Estranho amor que está aqui, suplicando somente para que o ser amado saiba da sua existência!!!