ÀS CONFIDENTES
Se porventura nesse dias entrar eu em colapso nervoso
E não me entender mais por gente neste mundo
Por obséquio, digam a ele que não foi por culpa dele.
Esclareçam-no de que o algoz desiludimento que se me abateu nunca esteve em seus mínimos detalhes interligado às falsas esperanças por ele me ofertadas.
Que ora bolas não seriam de fajutos eu-te-amos da boca para fora arremessados ao vento de onde me adviria tamanho sofrimento.
Que habituar em carinhos um ninguém todo dia e de um dia para o outro sumir tragado pela terra, jamais decepcionaria esse ninguém, problema dele se esperava.
(E ainda que não se têm notícias de promessas de amor partindo por aí corações - só por não serem cumpridas!).
Enfim, convençam-no de que a culpa é toda minha se eu sozinha-zinha-zinha iludi meu coração abestalhado.
Digam, evidenciem sua completa e desprovida culpa sobre o assunto.
Que ninguém mais hoje em dias é tolo o suficiente pra cair no conto-do-vigário apaixonado.
Que somente não tomar cuidado com uma malograda após ter aos olhos de todos se entregue tão solícito não quer dizer que se a vai traumatizar por toda a vida.
Que continue como se nada houvesse sucedido, afinal é o caos do efeito dominó nos entre si vitimados...
Mas só se porventura, caras minhas, entrar eu em colapso nervoso.
Do contrário é mais vistoso alardear inabalavelmente o ego, mesmo na excêntrica forma insuportável em que se o mantém nesses dias.