Carta para um amigo( Recanto é também reencontro)
Hoje é um dia que termino particularmente feliz.
Pois é Carlos, poesia é também reencontro de amigos que por contingências da vida encontram-se ao fim de longos anos fazendo valer a máxima ‘ o mundo é muito pequeno’.
Ao escrever esta carta para ti não quero deixar de agradecer também a uma grande poetisa que muito estimo e admiro, e que te deu a ‘dica’ de quem era Alma Lusitana.
Ao ler o teu recado, não me deixou de vir á memória as Cownboiadas que fazíamos nos verdejantes terrenos em frente á minha casa, levando nossas mães ao desespero pela forma como a nossa roupa ficava, e a cabeça que me partiste quando zangado comigo arremessaste a pedra certeira? Mas a vingança foi terrível parti-ta duas vezes, é só conseguiste empatar, anos mais tarde, quando a treinarmos na minha garagem, partiste a cana de meu nariz.
Mas as verdadeiras lembranças, essas representam horas de longa amizade, fomentada na luta política, nos bailaricos dos santos populares, nas horas que estudámos juntos, nos serões tocando viola e cantando, e até na minha 1ª e única Bebedeira que apanhei.
Claro Carlos a tua alcunha fui eu que ta dei, a minha ( Caramelo) deste-ma tu, numa noite em Carnide no baile de Sº António.
Tanta coisas que teria tb para escrever, mas duvido que até um amigo, resistisse tantas horas a ler esta carta. Se amigo se pode escrever com Vítor, o patrono da amizade, terá que se chamar Carlos.
Bem-haja querido amigo.
Bem-haja Recantodasletras
Bem-haja á nossa amiga comum.
Bem-haja a todos que mesmo sem se verem, sabem que o seu amigo estará sempre presente, perpetuando de forma inequívoca que amizade é um bem muito valioso, para ser banalizado numa simples palavra.