JULIETA
Julieta
Eu sempre soube, desde a primeira vez que meu coração bateu ao ver-te, que nosso amor seria contra tudo, e talvez a todos, mesmo você não se preocupando com opiniões alheias, sempre tentei te preservar.
É curioso como não tenho pensado em outra coisa a não ser nessa ânsia que me tem tomado no peito, em querer ver-te, mesmo através de um vidro blindado.
Queria te sentir, pegar em teu rosto e olhar de perto essa menina que quando está triste, se isola.
Ainda guardo aquelas cartas com as mais belas poesias e juras tímidas de amor.
Ainda guardo aquela promessa de nos encontrarmos ao por do sol, onde poderei cantar-te uma música, aquela na qual soprastes aos meus ouvidos numa tarde de domingo.
Oh! Julieta! Que conseguiu resgatar meu coração, que a tão pouco estava perdido!
Oh! Como te amo! Mesmo que por palavras vindas de uma imaginação!
Quero ter-te por perto...
Hoje tive mais um devaneio, um medo de entregar-te minh’alma e desfalecer até mesmo antes de tudo isso acontecer.
Não consigo gostar-te pouco e isso é tão intenso que me desola, pois sei que estás léguas de mim e conter-me faz com que eu exploda intimamente e perca o juízo.
Não posso evitar em me lembrar dos poucos momentos que senti que tu me pertenceste e és por este motivo que escrevo pedaços de você, pedaços de mim, na tentativa de juntar-nos em textos, pois a minha mente já faz cheia de um VOCÊ, de um NÓS.
E onde eu puder gravar este amor, estarei fazendo, pois me reprimir não far-me-ia nem um pouco romântico, nem um pouco Romeu.
Com amor,
R.